20 Apr 2024


Mário Draghi – indicado para Primeiro Ministro da Itália

Publicado em Luiz José M. Salata
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Considerando que a Itália é uma república parlamentarista, o Presidente da República Sérgio Matarella, cujo cargo detém desde três de fevereiro de 2015, tem atuado para que os trâmites democráticos e constitucionais sejam formalmente respeitados. Entre seus poderes estão encarregar o Primeiro Ministro, dissolver o Parlamento e convocar eleições.  O cargo de Primeiro Ministro vinha sendo ocupado por Giuseppe Conte até o último dia 23 de janeiro, quando renunciou por não ter mantido voto de confiança no Parlamento, diante de profundas e insanáveis divergências parlamentares. Desse modo, abriu-se uma crise política de complexa solução, pois envolve a participação de partidos de centro-esquerda, direita e centro-direita, na procura de personalidade que possa preencher tão cobiçada vaga no parlamento italiano. A partir de então, com tal impasse o Presidente Sérgio Matarella procurou auscultar as lideranças político-partidárias para formar o novo governo, pois foram frustrados os entendimentos e negociações e, por enquanto a opção pelas eleições antecipadas estão suspensas. Com a natureza política distinta dos partidos mais fortes, desde então a definição ficou mais viável diante de conversações mais profundas e com o tempo passando, ainda sem solução, o que qualquer deles não teria  cacife político suficiente para assumir as gestões. Nesse meio tempo, o Presidente Sérgio Matarella como se diz popularmente, tirou o coelho da cartola, pois conseguiu, no dia três de fevereiro,  que Mário Draghi aceitasse a missão de formar novo governo na Itália, em que pese a grave crise política decorrente do fracasso dos líderes políticos. Na oportunidade do anúncio da concordância de Mário Draghi para o desafio, o Presidente Sérgio Matarella considerou um momento difícil com a grave situação da crise sanitária e seus graves efeitos na vida das pessoas, na economia, e no meio social. A emergência requer soluções à altura, respondendo positivamente o futuro Primeiro Ministro à convocação governamental. Para sair e bem administrar a crise existente, ao tomar conhecimento dos planos o Presidente Sérgio Matarella classificou-os como de alto perfil e nível institucional, encarregando a um técnico e intelectual como Mário Draghi, muito conhecido e com ótimo prestigio em toda a Europa, pois conclamou o apoio necessário e incondicional pelos partidos políticos aos seus projetos. A primeira iniciativa será a de formação de uma equipe de ministros, de nível técnico e político, e na sequência as consultas e os entendimentos para a apresentação dos planos de gestão para consolidação futura  na Presidência do Conselho. Confiando na experiência de sua vida profissional, conforme declarou, pois é um banqueiro e economista italiano que foi presidente do Banco da Itália, de 2006 a 2011, e presidiu o Banco Central Europeu de 2011 a 2019, como seu terceiro presidente da instituição. Nessa função foi membro dos Conselhos Diretivos e Geral do Banco Central Europeu em Frankfurt, membro do  Conselho de Administração  do Banco de Compensações Internacionais na Basiléia, e representante da Itália nos Conselhos dos Bancos Internacionais para Reconstrução e Desenvolvimento e do Banco Asiático de Desenvolvimento. Em abril de 2006, foi eleito presidente do Fórum de Estabilidade Financeira e, em 2011, tomou posse como Presidente do Banco Central Europeu. Graduou-se na Universidade de Roma La Sapienza, em seguida, obteve o Doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology, em 1976, sob a supervisão do laureado Nobel Franco Modigliani e Robert Solow. Foi Professor Titular da Universidade de Florença, de 1981 a 1991.De 1984 a 1990, foi Diretor Executivo do Banco Mundial. Considerado o “Salvador da Zona do Euro, em 2012”, quando a crise da dívida atingiu a economia do velho continente, desencadeou reações mistas entre a classe política. É casado com Serena Draghi e tem dois filhos. Recebeu importantes homenagens: Cavaleiro da Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República Italiana, Distinção Honorária em Estatística pela Universidade de Pádova, Mestre Honorário em Administração de Empresa pela Fundação CUOA de Vicenza e Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique. O prestigiado economista pretende repetir a chamada Fórmula de Úrsula, que levou à eleição da atual Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, graças à união de várias forças políticas. Tudo indica que terá sucesso no seu intento político com os líderes partidários. Sendo assim, com a concordância do Presidente Matarella, certamente será nomeado como o 87º Primeiro Ministro a ocupar o Palácio Chigi, sede do Conselho.

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