20 Apr 2024


Dia Nacional do Imigrante Italiano 21 de fevereiro

Publicado em Luiz José M. Salata
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A Lei Federal nº 11.687, sancionada em 02 de junho de 2008, justamente no Dia da República Italiana, iniciativa do saudoso Senador Gerson Camata, oriundo do estado do Espírito Santo, registra a chegada dos primeiros imigrantes italianos, rincão  que em primeiro aportaram as pioneiras famílias no Brasil. A homenagem que registra e traduz a influência  significativa com a imensurável contribuição dos oriundi,  pois integraram  todos  os segmentos e aspectos da vida nacional ao longo do tempo percorrido com a força do trabalho ao país. Retornando à história, por volta do século XVIII, os italianos alcançaram a libertação do jugo austríaco, pois em 17 de março de 1861, com a Unificação da Itália, após quarenta e sete anos de ocupação, com a efetiva e vitoriosa participação do Rei Vittorio Emanuele II, da Casa de Sabóia, Rei do Piemonte e da Sardenha, e de Camilo Benso, o Conde de Cavour, seu Primeiro Ministro. Ambos lideraram um movimento sui generis que contou com a população, considerados patriotas, com o triunvirato dos Giuseppes: Masini, através do seu jornal, Il Risorgimento, no qual escrevia artigos denunciando a situação pela ilegal ocupação e pregando um movimento de libertação; Verdi, o autor da ópera Nabucco, e por várias analogias suscitou o sentimento nacionalista italiano. Na apresentação da ópera, no terceiro ato, ”O Coro dos Hebreus (Va pensiero, sull’alli dorate)” que retrata a escravidão dos hebreus na Babilônia, tornou-se a música símbolo, o que significou para os italianos a mesma situação de perda da pátria, inflamando a platéia e com isso a deflagração política. E Garibaldi, o general dos dois mundos, notável comandante por sua firme atuação que juntou os exércitos de libertação a partir da Sicília e seguindo para o norte foi expulsando os invasores. A Itália ficou  livre, mas resultou em grave estagnação após todos esses anos de ocupação pelos invasores, pois que nada tinha sobrado para o desenvolvimento e recons-trução, necessitando assim de imediata solução de sobrevivência. Nessa época, o Brasil carecia do trabalho braçal nas fazendas de café dos paulistas e também de outros estados, que cultivavam o ouro brasileiro dessa época. O Imperador D. Pedro II, e o Rei Vittório Emanuele II, da Itália, que eram primos, entabularam acertos para a emigração ao nosso país de famílias italia-nas que necessitavam de uma nova vida e trabalho. Assim, foram sendo cadastrados e convocados através das companhias de colonização. Para tanto, foi feito cartaz, o qual continha: "Terre in Brasile per gli Ita-liani. Venite a construire i vostri sogni com la famiglia. Un paese di opportunitá. Clima tropicale vito in abbondanza. Ricchezze minerali. In Brasile putete havere il vostro castello. Il governo dá terre ed utensilli a tutti.” O chamamento deu certo, pois com o evidente interesse comum entre a Itália, que necessitava recompor as famílias no trabalho e com cessão de terras, e o Brasil, que clamava por mão de obra. O acordo resultou  na primeira viagem de italianos que  emigraram para o Brasil, iniciando-se no dia 03 de janeiro de 1874, no porto de Gênova, com 386 famílias, no navio a vela La Sofia, na expedição fretada por Pietro Tabacchi, para as suas terras  em Santa Cruz, no Espírito Santo, atual Nova Trento, chegando em 21 de fevereiro de 1874. Foi a primeira leva de viagem em massa de italianos para cá, vindos do norte da Itália. E, seguidamente, os italianos passaram a vir para o Brasil, em grande  número  de grupos  familiares de outras regiones. A cantoria da música folclórica Mérica, Mérica, servia de alento durante a viagem nas dúvidas de como seria o destino final.  Com o slogan: “Dio, Famiglia, Lavoro”,  com fervor e vontade férrea para o trabalho. Em São Bernardo as primeiras dezessete famílias aportaram no Rio de Janeiro, em 25 de setembro de 1877, no navio Sud’America, indo para Santos e subindo a Serra do Mar, aqui chegaram na segunda quinzena de outubro. Formaram aqui uma grande colônia e trabalharam para a mudança do perfil da Vila de São Bernardo, como também foram para São Caetano do Sul e Santo André, na mesma época, demonstrando força e habilidade e que resultou na grande e indiscutível contribuição para o progresso e desenvolvimento da região. São trinta milhões no país, a maior população fora da Itália. Os italianos integraram-se nas famílias brasileiras cultivando os costumes e as tradições da Itália, enriquecendo as relações ítalo-brasileiras, pois se engajaram nas lutas sociais, proliferaram os seus membros, fizeram prosperar cidades com construções, lavouras e plantações e se motivaram nas artes, design, moda, música, teatro, culinária, cultura,  rádio, teatro, religião, lavoura, comércio, indústria, vinho e dança. Tudo isso em 144 anos.

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