João Batista foi um pregador itinerante que apareceu na Judéia, na época de Herodes, ficou famoso por ter muitos seguidores e pregava aos judeus e dizia que deveriam exercer a virtude e a retidão. O tema principal de suas pregações era o batismo como símbolo de purificação da alma e no seu movimento messiânico. Nasceu em Aim Karim, em 2 a.C., cidade de Israel que fica a seis quilômetros do centro de Jerusalém. Filho de Zacarias que era um sacerdote do templo de Jerusalém, sua mãe Isabel, era prima de Maria, a Mãe de Jesus. Isabel idosa, nunca tinha engravidado e assim todos a tinham como estéril. Mas, então o Anjo Gabriel apareceu a Zacarias quando este pregava seu serviço de sacerdote no templo e anunciou que Isabel teria um filho e que este deveria se chamar João. Pouco tempo depois Isabel engravidou como o Anjo Gabriel havia lhe dito e, na mesma ocasião o Anjo apareceu também a Maria e afirmou que ela seria Mãe do Salvador.
Maria foi visitar Isabel e quando chegou e a saudou, João mexeu no ventre da Mãe e Isabel fez aquela maravilhosa saudação a Maria Santissima: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”. De onde me vem que a Mãe do meu Senhor me visite?”. Esta saudação de Isabel se tornou parte da Oração da Ave Maria. Segundo interpretações do Evangelho de Lucas, era um nazireu de nascimento, termo adotado pela Bíblia que significa que a pessoa terá plena dedicação a Deus. Como era prática ritual entre os judeus, Zacarias o pai de João teria procedido à cerimônia da circuncisão, ao oitavo dia de vida do menino. A sua educação foi grandemente influenciada pelas ações religiosas e a vida no templo, pois o seu pai era sacerdote e sua mãe, Isabel, pertencia a uma sociedade chamada de as filhas de Aarão, as quais cumpriam com determinados procedimentos importantes na sociedade religiosa.
Aos seis anos de idade, conforme a educação judaica todos os meninos deveriam proceder a iniciação na aprendizagem escolar, mas em Judá não existia escola e por isso os seus pais é que o ensinaram a ler e a escrever. Aos quatorze anos com a mudança no ensino, os meninos graduados nas escolas da sinagoga iniciavam um novo ciclo da educação. Mas, como não existia a graduação em Judá, os pais decidiram levar João para a Ein Gedi, com o fito dele ser iniciado na educação nazarita e assumir os votos que consistia em abster-se de bebidas intoxicantes e deixar o cabelo crescer, como também não tocar nos mortos. Seguindo o ritual, João trajava vestes simples, de pele de carneiro, um cinto de couro em volta de seus lombos, e alimentava-se de fruto adocicado, e mel silvestre.
O pai faleceu no ano 12 d.C., quando João teria de 18 a 19 anos, quando teve muito esforço para não tocar no falecido. Então, sua mãe Isabel, ficou dependente de João para o seu sustento, e ambos se mudaram de Judá para Hebron, no deserto da Judeia. A mãe faleceu no ano de 22 d.C., e foi sepultada em Hebron. João ofereceu todos os bens da família à irmandade nazarita e aliviou-se de todas as atividades sociais pois iniciando-se na preparação aos objetivos de pregar aos gentios e admoestar os judeus anunciando a proximidade de um Messias que estabeleceria o Reino do Céu. O modo de pregação, a moda de vestir e a exortação nos seus discursos públicos demonstraram uma admiração pelos métodos do profeta Elias, pois muitas vezes foi chamado de sua encarnação. Teve muitos seguidores e pregava aos judeus, dizendo que deveriam exercer a virtude e a retidão e usava o batismo como símbolo de purificação da alma em seu movimento messiânico.
Por raciocínio lógico, a partir destes fatos, subentende-se que o significado do nome João Batista, como Misericordioso e Abençoador. João batizava em Pela, quando Jesus se aproximou, na margem do rio Jordão. Os relatos Bíblicos contam a história da voz que se ouviu, quando João batizou Jesus, dizendo “este é o Meu filho amado no qual ponho toda a minha complacência”. Refere que uma pomba esvoaçou sobre os dois personagens dentro do rio, e relacionam essa ave com uma manifestação do Espírito Santo. Numa pequena aldeia de nome Adão, João pregou a respeito “daquele que viria”, do qual não seria digno nem de apertar as correias das sandálias.
Nessa aldeia também, João acusou Herodes e repreendeu-o no seu discurso, por este ter uma ligação com a sua cunhada Herodíades, que era mulher de Filipe. Esta acusação pública chegou aos ouvidos do tetrarca e valeu-lhe a prisão e a pena capital por decapitação. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de sua filha, Salomé, conseguindo coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata, isso em 29 d.C., aos 32 anos. No Brasil, como em todo o mundo, a sua memória é muito lembrada pelo grande número de devotos e mais por ser a principal figura das inesquecíveis festas juninas com as quermesses e a dança das quadrilhas e que deu o seu nome a muitos meninos, dada a grande afeição dos pais ao Apóstolo. É figura marcante das festas juninas brasileiras.