24 Apr 2024


9 de Julho - Dia da Revolução Constitucionalista Paulista

Publicado em Luiz José M. Salata
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A mais importante e festiva data paulista, a comemoração do dia 9 de Julho do Movimento Constitucionalista de 1932, ou Revolução Constitucionalista Paulista, nos seus noventa anos. Foi o mais importante movimento cívico paulista, encerrado em quatro de outubro de 1932, o qual durou oitenta e sete dias, para a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas. Foi a última revolta armada ocorrida no Estado de São Paulo. O objetivo principal dos paulistas foi a promulgação de uma nova Constituição para o país, em resposta à Revolução de 1930, implantada por Getúlio Vargas.
Nesse tempo, houve a grande articulação do acordo da “política do café com leite” entre São Paulo e Minas Gerais, criada pelo Presidente Campos Salles, pois os políticos desses estados se alternavam na Presidência da República. Mas, ocorreu o rompimento dessa combinação política e o Presidente Washington Luis lançou Júlio Prestes como candidato, apoiado por grande maioria dos estados. Tal fato se originou com a candidatura de Getúlio Vargas para a Presidência da República, e João Pessoa para Vice-Presidente. Júlio Prestes do Partido Republicano Paulista ganhou as eleições ao derrotar Getúlio Vargas e foi eleito Presidente da República, em 1º de março de 1930.
No início de outubro de 1930, estoura a insurreição e no dia 24 os rebeldes que se juntaram com Getúlio Vargas, pois já haviam dominado os Estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba, deram o golpe liderados pelos comandantes militares do Rio de Janeiro. O Presidente Washington Luis foi deposto, e em 3 de novembro Getúlio Vargas assume o poder “manu militari”, pois havia perdido as eleições e implantando a Revolução de 1930, assumiu o poder central. Retirou as garantias constitucionais, dissolveu o Congresso Nacional e instalando a ditadura, impediu a posse de Júlio Prestes, então Governador de São Paulo, derrubando ainda Washington Luis, que ocupava a Presidência da República Velha, e ainda invalidou a Constituição de 1891.
Disso, aumentou a insatisfação popular pelo golpe, pois concentrou o poder. Os idealistas clamavam pela realização de eleições livres, mas dois anos se passaram e o governo provisório se mantinha resistente a tal pretensão. E assim, encabeçando forte resistência e oposição à ditadura Vargas, os fazendeiros, estudantes universitários, comerciários e profissionais liberais paulistas foram se organizando para a derrubada do regime. Os paulistas promoviam comícios para criticar a ditadura, e numa dessas vezes, em 23 de maio de l.932, foram mortos pela polícia da ditadura os jovens: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, formando o MMDC. Foi o estopim da revolta com o início da luta armada, a qual se iniciou em 9 de julho de 1932.Toda a população se mobilizou para defender os ideais paulistas.
O Estado de São Paulo ficou sozinho somente com os voluntários. Duramente atingidos os paulistas se renderam, impondo fim ao conflito com vitória moral. Mas, esse notável movimento serviu para forçar Getúlio Vargas marcar eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, quando as mulheres votaram pela primeira vez, criada a Justiça Eleitoral e promulgada a Constituição de 1934. Apesar das baixas do conflito, São Paulo deu um grande exemplo de dignidade na defesa dos seus direitos civis e democráticos. Tal atitude deve ser seguida pelos jovens, para reflexão do movimento, podendo se tornar mais eficaz pelo exemplo daqueles de 1932, reforçando assim o almejado real patriotismo.
Nos dias atuais, quem sabe o legado dos paulistas pode servir de exemplo para estancar e evitar a continuação dos terríveis momentos de desmandos e corrupção porque passamos de um desencontro e desvirtuamento de atos contra os poderes constituídos e instituições nacionais. Porém, sem derramamento de sangue, mas sim de atitudes populares que consagrem verdadeiramente os direitos civis e constitucionais dos brasileiros, através da legitima arma para tanto, com os votos nas urnas.
O momento é de reflexão para afastar as esquerdas, aliás dominantes de quase toda a América do Sul, mas que tais resultados de eleições viciadas decorrentes com envolvimento no resultado final de votos em branco e larga ausência de votantes mercê de propaganda negativista e munida dos fakenews, as quais tem modificado o resultado final, contrário aos anseios da população. Vamos todos ao voto consagrar a legalidade eleitoral e institucional.

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