25 Apr 2024


D. Pedro II – O Imperador Estadista (I)

Publicado em Luiz José M. Salata
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Nesses tempos turvos e complexos da grave história da política brasileira, oportuno relembrar a inesquecível figura, sua trajetória pessoal e de devoção ao país, resgatando  a imagem, a vida e as experiências vividas pelo grande patriota, dotado de caráter inatacável e que prestou importantes serviços para o bem do nosso país. Aclamado como o Magnânimo, durante o período de sua monarquia então vigente no país, desde cedo demonstrou marcante senso de dever e forte atuação como gestor, cujos exemplos deveriam ser seguidos e adotados pela classe política brasileira, visando a radical mudança nos destinos de nossa grande nação que padece do caos, portanto necessitando de mudança de  rumo para pronta recuperação. O nosso celebrado D. Pedro II, de nome completo Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança, nasceu na madrugada do dia dois de dezembro de 1825, no Paço de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, foi batizado em homenagem a São Pedro de Alcântara. Filho do Imperador D. Pedro I, da dinastia da Casa de Bragança e da Arquiduquesa Maria Leopoldina, da Áustria, filha de Francisco II, último monarca do Santo Império Romano-Germânico, e do lado materno era sobrinho de Napoleão Bonaparte e primo dos imperadores Francisco José I, da Áustria e Maximiliano, do México. Sendo único filho legítimo do sexo masculino de D. Pedro I, a sobreviver na infância, foi oficialmente reconhecido como herdeiro do trono brasileiro com o título de Príncipe Imperial, em seis de agosto de 1826. A Imperatriz Leopoldina, sua mãe, faleceu aos onze de dezembro de 1826, ao dar a luz a um menino natimorto.  Pelo pouco tempo de convivência com a mãe, e dada a tenra idade não guardou  recordações dela, a não ser as lembranças que lhe foram contadas pelas pessoas mais íntimas da Corte. Após a morte da Imperatriz Leopoldina, D. Pedro I casou-se com Amélia de Leuchtenberg, sendo que, em que pese o pouco tempo de convivência com a madastra, manteve com ela relacionamento afetuoso. Nessa época, D. Pedro I não conteve  a solução de um grave conflito  com a facção liberal, e partiu para Portugal, com Amélia, visando empreender luta para restaurar a filha Maria II, cujo trono português havia sido usurpado por seu irmão Miguel. Com a abdicação de D. Pedro I, em sete de abril de 1831, e sua viagem para a Europa, tornaram D. Pedro II imperador, com apenas cinco anos de idade. Então, o Príncipe Imperial Pedro, tornou-se “ Dom Pedro II, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Com o vazio de convivência do pai pela ausência e morte da mãe, tornaram a sua infância e juventude tristes e solitárias. Da influência do pai, D. Pedro I, então imperador, nada guardou que pudesse seguir e servir de exemplo para o futuro, portanto com vagas lembranças, tornando-o assim solitário. Por ter seguido para Portugal, D. Pedro I selecionou pessoas para cuidar das filhas, mas principalmente do filho, o Imperador D. Pedro II, a  primeira foi José Bonifácio de Andrada e Silva,  que foi nomeado tutor, pois seu amigo e líder influente quando da Independência, mas foi demitido pelo governo da Regência. A segunda foi Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho, posteriormente Condessa de Belmonte, a quem devotava grande afeição por D. Pedro II, desde o nascimento e era chamada por ele de Dadama, mesmo na fase adulta, e  a considerava sua mãe de criação. A terceira, foi Rafael,  empregado do Paço, de plena confiança e que o acompanhou até os últimos dias.        
                                                      (Continua)

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