25 Apr 2024

Publicado em MIRANTE
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Troco
Mesmo com mais de 158 mil mortes, 5,5 milhões de casos de Covid-19 e outros tantos milhões de brasileiros esperando por uma vacina contra o novo coronavírus, a politização da questão tem gerado novos desdobramentos tenebrosos, na disputa de quem seria o “pai” vacina. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o deputado Ricardo Barros (PP), líder do governo Bolsonaro na Câmara, na quarta (28), escancarou que a decisão do presidente de rejeitar a “vacina chinesa” foi uma decisão meramente política. “O problema é que o Doria quer carimbar um tucano no vidrinho da vacina. Ele é que está errado, ele que politizou e ele está recebendo o troco da sua atitude”.
 
Stop
O governador João Doria (PSDB), na quinta (29), por meio de nota, divulgada no seu grupo oficial de jornalistas, no WhatsApp, disse: “Recomendo ao presidente Bolsonaro parar de me atacar e começar a trabalhar. O povo não quer briga, quer emprego. O Brasil não quer divisão, quer compaixão. O Brasil não quer um presidente que só pensa em reeleição”.
 
Caciques
Os grandes caciques da política nacional já perderam o brilho de outrora. Como já havia revelado a pesquisa Ibope/Associação Comercial de São Paulo, em setembro último, o apoio de “caciques” da política pode mais atrapalhar do que ajudar candidatos à Prefeitura de São Paulo. Na análise, quase metade dos eleitores paulistanos (47%) afirmaram que o apoio de Jair Bolsonaro a alguém reduzira a sua vontade de votar nessa pessoa. Nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), possui a mesma influência de antes, na escolha do voto, atingindo o contingente foi de 40% de influência negativa. Já o governador João Doria (PSDB), obteve 48%.

Caciques I
Posto isso, a situação fica mais complicada para os candidatos a prefeito. Em São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos) já mudou sua estratégia após cair e oscilar negativamente nas pesquisas de intenção de voto, priorizando ataques ao prefeito Bruno Covas (PSDB) e ao Doria. No ABC, a situação não é diferente. Para evitar indisposição com eleitores inseridos na polarização (Bolsonaro x Doria) muitos candidatos a prefeito, especialmente, os que buscam a reeleição, têm evitado tocar no assunto, afirmando que a disputa é ‘meramente’ municipal.

Repasse
Levantamento realizado pela startup Inteligov revelou que apesar do novo coronavírus ter gerado preocupação na comunidade científica internacional, ainda no final do ano passado, os investimentos de combate à doença, por parte do governo federal, só chegaram aos municípios quando a pandemia já estava instalada no País. Em março, as transferências chegaram à R$ 1 bilhão, quando já era contabilizado 5 mil casos e 200 mortes. Atualmente, o repasse já chega a R$ 40 bilhões.

Indeferida
A candidatura a reeleição do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), foi indeferida pela juíza Ana Lúcia Fusaro, da 166ª Zona Eleitoral de São Caetano, na terça (27). Na avaliação da magistrada, Auricchio está inapto pela condenação obtida na campanha de 2016, por supostas doações irregulares. Após recurso, o desembargador Waldir Nuevo Campos, presidente do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) deferiu o pedido e o efeito suspensivo feito pelo prefeito, em relação a uma das ações sobre as doações.

Herança maldita
Paulo Serra (PSDB), candidato favorito à reeleição em Santo André, caso se reeleja, irá quebrar um ciclo que tem se repetido na cidade, nas últimas eleições municipais, a não reeleição de prefeitos e a derrota de candidatos de partidos que estão no poder. Nas eleições de 2008, quando o PT tentava emplacar a quarta vitória consecutiva da sigla em Santo André, Vanderlei Siraque (PT), chegou ao segundo turno com 48,89% dos votos e Aidan (então PTB), com apenas 21,75%, porém, mesmo sendo favorito, Siraque acabou perdendo.

Herança maldita I
Em 2012, no primeiro turno, Aidan ficou em segundo lugar, com 37,2% dos votos (135 mil), atrás do candidato do PT, Carlos Grana, que obteve 42,8% do total (155 mil votos). No segundo turno, Grana venceu com 204.594 votos (53,92%), contra 174.815 votos (46,08%) do Aidan. Mas, em 2016, no auge da crise do PT, Grana também não se reelegeu, perdeu para Paulo Serra (PSDB). O petista obteve 77.069 votos (21,79%), contra 276.575 votos (78,21%) do tucano, que foi eleito.

Rivais
Já em São Bernardo, se houver segundo turno, o prefeito Orlando Morando (PSDB) poderá enfrentar um antigo rival, Luiz Marinho (PT). Nas eleições municipais de 2008, ambos já se enfrentaram nas urnas. Na ocasião, o petista venceu o tucano, por 237.617 votos (58,19%) contra 170.728 votos (41,81%). Em 2012, em único turno, Marinho venceu Alex Manente (PPS), por 261.339 (65,79%) contra 122.924 (30,94%). Já em 2016, Morando disputou novamente a Prefeitura e venceu, no segundo turno, contra o, hoje aliado, Manente, obtendo 169.310 votos (45,07%) contra 106.726 (28,41%).

Mais votados
Dos cinco vereadores mais votados do ABC, nas últimas eleições municipais de 2016, respectivamente, Rautenberg Protetor (PRB), Santo André, eleito com 7.863 votos; Pery Cartola (PSDB), São Bernardo, com 7.540 votos; Ronaldo Lacerda (PDT), Diadema, com 5.700; Severino do MSTU (PL), com 5.547 e Marcel Munhoz (Cidadania), com 2.999 votos. Apenas três irão disputar a reeleição, Pery, Severino e Munhoz.

Mais votados I
Com 3.734 candidatos a vereador em todo o ABC, a situação não está tão confortável para os candidatos. Em São Bernardo, onde há o maior número de postulantes à Câmara, 873 candidatos disputam uma das 28 cadeiras; em Diadema serão 603 candidatos para 21 vagas e em São Caetano, 377 candidatos para 19. Mauá e Santo André também figuram entre as cidades com maior número de candidatos à Câmara, respectivamente, com 642 e 611.

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