18 Apr 2024

Publicado em MIRANTE
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Caciques
Grandes caciques da política estadual e nacional têm demonstrado não serem mais potenciais alavancadores de votos. Tanto que o candidato a prefeito de São Paulo, Celso Russomano (Republicanos), mudou a estratégia de campanha ao cair pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto, quando figurou ao lado do presidente Jair Bolsonaro em sua campanha. No ABC, a situação não é diferente, favoritos à reeleição, os prefeitos tucanos Paulo Serra, Santo André e Orlando Morando, São Bernardo, não realizaram e já sinalizaram que não irão realizar, até o final da campanha, nenhum ato público ao lado dos caciques da sigla, como por exemplo, ao lado do governador tucano João Doria.  

Caciques I
Se nas eleições de 2018, para governador, Serra e Morando figuraram ao lado do então candidato Doria, o mesmo não acontece, agora. Nos bastidores, comenta-se que Serra e Morando temem perder votos se aparecerem ao lado de Doria, pois o “fique em casa”, que estampou o combate ao coronavírus no início da pandemia, por parte do governador, não agradou a maioria do eleitorado e dos empresários apoiadores dos jovens tucanos.

Na contramão
Já o prefeito de São Caetano e candidato à reeleição, José Auricchio Júnior (PSDB), não segue a mesma linha dos seus prefeitos e colegas de partido. Na terça (3), Auricchio recebeu, em São Caetano, um cacique tucano, o ex-governador Geraldo Alckmin, que manifestou o seu apoio à reeleição.

Promessas
Há muitos candidatos a prefeito prometendo descontos ou isenção de impostos municipais em seus Planos de Governos e divulgando propostas que não condizem com a realidade. Como lembrou o prefeito de São Caetano e candidato à reeleição, José Auricchio Jr, em entrevista exclusiva: “Os candidatos vão dar desconto de tudo, acabar com todos os impostos. Não podemos deixar de refletir sob a ótica de responsabilidade fiscal, que é uma lei absolutamente rígida que impõe ação penal contra o gestor público. Para cada real que você desonerar ou isentar, é preciso mostrar ao Tribunal de Contas de onde você irá repor aquela renda”, explicou.

Propaganda
Pelo disse, não disse, foi parar na Justiça a questão dos gastos com propaganda pela Prefeitura de Santo André. Levantamento realizado pelo candidato a prefeito Ailton Lima (PSB) apontou gastos em R$ 100 milhões. Porém, segundo Ailton, a equipe do prefeito alega R$ 50 milhões. “Já identificamos R$ 87 milhões em propaganda. É preciso haver um corte radical no custeio de autopromoção”, disse Ailton, em entrevista exclusiva. Além disso, o candidato revelou que os gastos com os vencimentos dos comissionados chegam a R$ 200 milhões.

Dívidas
O candidato Ailton Lima disse também que o atual prefeito Paulo Serra (PSDB) herdou R$ 320 milhões em dívidas da última gestão. E que, agora, Santo André está endividada em R$ 1,320 bilhão. “O prefeito nem pagou a dívida anterior, chamou de equalizar a dívida, só renegociou, e ainda emprestou do CAF, do BID, BNDES, cerca de R$ 1 bilhão”, disse.

Praças
Nunca foram feitas tantas obras em praças por diversos bairros em todo o ABC, principalmente em localidades bem distantes da área central. Mas, nas comunidades mais humildes, as avaliações dos usuários não são tão positivas assim. “São praças descartáveis. Tudo é feito de drywall, logo quebra e eles precisam ficar vindo arrumar”, afirmou um líder de bairro.

Atraso
O ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), ainda ‘não entendeu’ porque o atual prefeito e candidato a reeleição, Orlando Morando (PSDB) o rotula de ter atrasado muitas obras de sua administração. “Não são obras de quatro ou oito anos. Tinha consciência que essas obras seriam impossíveis de serem entregues durante o meu mandato. E os montantes eram muito significativos, coisa de mais de R$ 1 bilhão. Havia dito isso em 2009. Voltei a falar em 2012, que faríamos um governo planejado no tempo”, disse. O petista questiona o tucano sobre a licitação de obra do Jardim das Oliveiras, que estava previsto no orçamento de 2017 e não foi realizada, assim como a urbanização do bairro Areião, que não foi feita.

Pior
Na avaliação de Marinho, o que há de pior em São Bernardo é o prefeito Orlando Morando. “Parece que governa com ódio, com raiva do povo da periferia. Persegue empresários, pequenos comerciantes, caça alvarás para chantagear o comércio, a pequena empresa, oficina. É como se a cidade fosse de propriedade dele. Ou ele não conhece a cidade ou a controla por controle remoto. É um prefeito que não anda pela cidade. Ninguém o vê, só nas lives e nas propagandas. São Bernardo precisa de gente que pisa na cidade, que conheça cada cantinho, alguém que o povo goste e não rechace”, disse.

Contratada
A Prefeitura de Santo André contratou a Fundação do ABC (FUABC) para prestação de serviços de exames clínicos e laboratoriais, avaliações com especialidades médicas, destinados às diversas Secretarias. O valor estimado do contrato é de R$ 2.073.058,08, com vigência de 12 meses.

Superstar
Membro da equipe de campanha de um candidato à reeleição no ABC comentou que o prefeito parecia o Arnold Schwarzenegger, ator e governador do estado da Califórnia (EUA) de 2004 a 2011, ao circular por bairro da periferia da cidade. “Todos queriam tocá-lo e tirar selfies. Foi um sucesso”, afirmou em alto e bom som.

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