Foco
O presidente Jair Bolsonaro tem intensificado entrevistas às rádios, não só das Capitais, mas principalmente do interior do País, com maior capilaridade. Bolsonaro, que antes optava por conceder entrevistas a grandes veículos, em frente ao Palácio da Alvorada, mudou de estratégia, visando aumentar o contato com a população e testar sua popularidade. João Doria (PSDB), pré-candidato à presidência, também acirrou o contato com veículos de comunicação. Mesmo quando estava em isolamento, devido à infecção por Covid-19, não interrompeu a série de entrevistas, concedidas de maneira virtual. Foram mais de 17.

Impressão
As manifestações em prol do impeachment do Bolsonaro, realizadas no sábado (24), em capitais do país e em São Paulo, sugeriram o perfil do eleitorado do eleitorado que não votaria “de jeito nenhum” nele. Classe média de grandes centros urbanos e militantes de esquerda. Com isso, Bolsonaro poderá entrar na disputa pelos eleitores cativos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ou seja, o eleitorado mais pobre.

Impressão I
Pesquisa da Quaest, em parceria com a Genial Investimentos, publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, revelou que Lula tem a preferência de voto por eleitores com renda familiar de até R$ 1.100, 60% das intenções de voto, enquanto que Bolsonaro atinge 20% deste público. Porém, em relação aos que ganham mais de R$ 5 mil, ambos seguem próximos.

Disputa
A chamada pauta de costumes não entrará em debate nas campanhas eleitorais. Porém, o mesmo não se pode dizer sobre o eleitorado evangélico. Segundo dados do IBGE, de 2010, existem mais 42,3 milhões de evangélicos no país, o que, na época, representava 22,2% da população brasileira. Nas eleições de 2002 e 2006, Lula (PT) obteve a maioria dos votos evangélicos. Em 2014, Aécio Neves (PSDB) ganhou de Dilma Rousseff (PT), no segmento, e, em 2018, Bolsonaro figurou soberano junto aos evangélicos. Em 2022, os evangélicos devem gerar muita disputa por votos, especialmente, pelos petistas, que visam recuperar os votos dos evangélicos de baixa renda.

Desencontro
O cenário rumo às eleições de 2022 no PSDB ainda está em ritmo de ‘desencontro’. Além de o partido ter quatro nomes que disputarão as prévias, em novembro, para a presidência da República, os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), o senador Tasso Jereissati e o ex-senador Arthur Virgílio; também têm enfrentado desencontros em relação aos nomes para concorrer ao Governo do Estado e ao Senado. Para o Senado, a ala mais jovem do partido tem torcido o nariz para a reeleição do senador José Serra, tendo como preferência o presidente do PSDB da Capital, Fernando Alfredo. Para o Governo de São Paulo, rejeição para Geraldo Alckmin e acenos para o recém-chegado Rodrigo Garcia.

Combate
Os Centros de Operações Integradas de Santo André e São Bernardo foram inaugurados, em 2019, com a promessa de “revolucionar” a segurança da população, reunindo, no mesmo espaço, informações no combate ao crime da Guarda Civil Municipal (GCM), Defesa Civil e Polícia Militar. Agora, em Santo André, o prefeito Paulo Serra, durante live, pediu aos próprios munícipes que solicitem mais segurança para os representantes dos governos estadual e federal. Em São Bernardo, estabelecimentos de jogos clandestinos avançam na área central da cidade.

Licença
A secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura, após conduzir intenso trabalho no combate à Covid-19 no município, tirou licença-prêmio. Regina voltará, no próximo dia 20 de agosto. Danilo Sigolo Roberto, coordenador do departamento de Vigilância Sanitária, assumiu interinamente o comando da secretaria. Quando voltar, Regina poderá assumir um novo desafio, com participação ainda mais intensa na gestão do governo.

Inquérito
Advogados do prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi, solicitaram a instauração de inquérito a fim de investigar a distribuição de jornal e conteúdo digital disparados via WhatsApp com ataques contra o seu governo. No sábado (23), um menor chamado Gabriel foi flagrado distribuindo jornais com conteúdo contra Volpi. Ao ser abordado, revelou que atuava a mando do tio, Gilmar Miranda de Almeida, assistente parlamentar de um deputado estadual do ABC.

Elogio
O deputado federal Alex Manente (Cidadania), ao responder questionamento da Folha, durante coletiva de imprensa em São Caetano, revelou que trouxe ao ABC mais de R$ 40 milhões em recursos, desde o início da pandemia e elogiou a gestão Auricchio. “Se tem algo que admiramos em São Caetano, foi o trabalho que o prefeito Auricchio fez como gestor, foi muito eficiente”, disse. Já em relação a sua reeleição, Manente, que tem intensificado visitas às cidades do interior, desconversou, enfatizando que ainda faltam 18 meses para o término do seu atual mandato.

Equilíbrio
O presidente da Câmara de São Caetano, Pio Mielo (PSDB), em resposta à Folha, durante coletiva de imprensa de aniversário da cidade, contou que os últimos meses foram de altíssima produtividade, com mais de 5 mil proposituras. Muitas delas, impulsionadas pelo bom equilíbrio no trabalho entre os jovens vereadores de primeiro mandato, que, segundo Pio, chegaram com entusiasmo e olhar diferente, somado à boa administração e o olhar experiente dos demais vereadores. Para o segundo semestre, adiantou que o foco será nos desafios pós-pandemia, em especial com a retomada da Educação.