Qual a análise que o Sr. faz sobre os sete primeiros meses de sua administração? O Sr. está conseguindo cumprir o programa de governo estabelecido? Na sua opinião, quais foram as primeiras medidas tomadas nesse período?

Paulo Pinheiro - Foram sete meses em que já trabalhamos muito pela cidade. Neste período, tivemos alguns avanços no município, especialmente nas áreas de Saúde, Educação e Segurança. Na Saúde, por exemplo, aceleramos as obras de conclusão da Unidade de Pronto Atendimento; colocamos em funcionamento o ambulatório infantil de pós-internação; e otimizamos os serviços (remodelação da equipe de cirurgia bariátrica; mudança da Casa da Gestante; e readequação dos leitos), entre outros. Na Educação, ampliamos o abono aos educadores; fizemos parceria com a Fundação Lemann; adquirimos kits escolares; e passamos a oferecer informática para deficientes visuais. Já na Segurança, reinauguramos a Base Comunitária de Segurança da GCM do Bairro Mauá; inauguramos o refeitório da GCM; e adequamos as instalações físicas da Defesa Civil. Este é um tema complexo, em que há necessidade de parceria permanente com o Governo de São Paulo, por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil. Entretanto, só com o planejamento estratégico realizado ainda no período de transição de governos, já foi possível a redução da criminalidade. Mas ainda há muito que fazer em todos os setores.

Folha - A administração anterior deixou uma dívida alta para seu governo, conforme o sr. já disse em entrevistas. Como é que sua administração enfrenta essa situação? Mesmo assim, já foi possível realizar alguns investimentos em obras que vão beneficiar os moradores?
Pinheiro - Ao longo dos anos, os prefeitos que me antecederam investiram em segmentos prioritários, como a Educação e a Saúde. Nós seguiremos com a política de atenção a este binômio fundamental, entretanto, adotando critérios mais rígidos para os programas sociais, uma vez que há muitos moradores que recebem mas não precisam do benefício. Quando possível, aplicaremos recursos na segurança, por meio da Guarda Civil Municipal. Há dificuldades de investimento porque pegamos a 'herança maldita' promovida pelo governo anterior - restos a pagar que comprometeram o início da minha gestão. Longe de ser uma desculpa, é uma realidade em que nós precisamos enfrentar com criatividade.

Folha - Para o próximo ano, quais as novidades que irão beneficiar os moradores?

Pinheiro - Temos programados investimentos da Educação, com reforma de escolas e a implantação de novas diretrizes deste segmento. Estamos trabalhando para colocar em prática o Plano de Governo, com a possibilidade da criação de novos programas. Queremos garantir o acesso da comunidade aos serviços públicos, já melhoramos a cesta básica, que agora conta com produtos de qualidade; aumentamos o valor do Cartão Alimento; reestruturamos o Programa Agente Cidadão Sênior, que contará com critérios rígidos, assim como todos os programas sociais. Queremos justiça social, um governo capaz de garantir educação e saúde de qualidade, investimentos criteriosos em programas sociais, e que projete o futuro dos nossos jovens e possibilite qualidade de vida à terceira idade.

Folha - Qual o presente que o sr. gostaria de dar à cidade que completa 136 anos?

Pinheiro - Digo a todos os moradores de São Caetano do Sul que confiem no nosso trabalho, porque ainda vamos fazer muito pela cidade, para que ela atinja os níveis de qualidade de vida de outrora. Dediquei minha vida à população, e continuarei com esse propósito, de fazer na prefeitura um governo capaz de melhorar a vida das pessoas.