18 Apr 2024


Centro de Música de São Bernardo oferece ensino à distância

Publicado em Cidades
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A pandemia de Coronavírus trouxe um enorme desafio à Educação, com as aulas à distância. Para o ensino musical não foi diferente. Para evitar as aglomerações, o Centro Livre de Música (CLM) instituiu, desde março, turmas em formato on-line. De um dia para outro, teve de se reinventar para transmitir os conteúdos aos alunos e mantê-los ativos. Um dos maiores temores era a evasão, já que os cursos são gratuitos. O processo foi positivo, já que os 1.120 inscritos deram continuidade aos seus estudos.

O prefeito Orlando Morando aplaudiu a iniciativa. “A pandemia trouxe inúmeros desafios para diversos setores. Sem dúvida, a Educação e a Cultura foram os mais afetados. Mas a inovação e a vontade de ensinar foram os motores que impulsionaram o CLM a continuar com sua missão de incentivar a inserção de crianças, jovens e adultos no universo musical”, declarou.

Para a maestrina Simone Strublic, coordenadora do CLM, o sucesso se deve à estratégia de verificar o perfil de cada turma. “Demos a liberdade para que cada professor buscasse seu próprio plano de ensino. Alguns docentes lecionam por meio de aplicativos on-line, outros optaram por postagem de vídeos. Aos poucos, os alunos foram se sentindo confiantes para atuarem sozinhos em suas casas”, disse.

O CLM conta com alunos nas seguintes faixas etárias: crianças a partir de 7 anos, jovens e adultos, em cursos de madeiras (flauta transversal, clarinete e saxofone), metais (trompete, trombone e tuba), cordas (violino, viola, viola caipira, violão, violoncelo e contrabaixo), percussão, acordeom, teoria musical, musicalização infantil e flauta doce, além de canto coral.

ENGAJAMENTO – O empresário Geonildo Valença, 58 anos, morador do bairro dos Casa, estuda viola caipira. Para ele, o maior desafio em aprender tocar um instrumento por meio de aulas on-line é não ter contato com o professor. “A presença dele é importante para que possa tirar nossas dúvidas, guiando de perto o processo. A viola caipira exige muito a correção na posição da mão”, afirmou.

Para resolver essa questão, o professor André de Souza Moraes, 33 anos, tem utilizado inúmeras plataformas on-line para aprimorar a experiência da aula. O docente ministra aulas para quatro turmas, com 15 alunos cada. Entre as ferramentas estão o Zoom, para interação em tempo real, o Whatsapp e o Telegram, que permite o envio dos arquivos em áudio, vídeo e PDF (onde estão as partituras, tablatura e cifras), além da criação de um canal no Youtube. Lá, Moraes hospeda as videoaulas. O link é enviado por um dos aplicativos de comunicação instantânea.

Outro recurso utilizado é o Soundslice. Essa ferramenta possibilita unir as videoaulas com o material em PDF: assim o aluno pode ver a partitura, tablatura e cifras e o professor tocando, simultaneamente.

Formado em viola caipira na Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP) e mestrando em música e educação pela Universidade de São Paulo (USP), Moraes confessou que o início das aulas à distância foi desafiador. “Passamos por momentos de muita angústia, mas posso dizer que estamos conquistando um formato legal. A relação entre professor e aluno está mais sólida”, disse.

O aluno Geonildo aprovou a nova forma de aula: “Entre as atividades trabalhadas está a gravação de um vídeo em conjunto, gravado separadamente. Usamos como referência um vídeo gravado pelo professor. Depois da edição, o vídeo final fica como se tivéssemos tocado juntos. Esse modelo tem funcionado muito bem e nos motiva ver o resultado”, declarou.

 

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