O presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP) e da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ) participou, na sexta (15), da manifestação conjunta pela valorização salarial dos policiais paulistas. O ato pacífico iniciou em frente ao Batalhão da ROTA e seguiu em caminhada até a Delegacia Geral de Polícia.

"Os policiais paulistas estão adoecendo, sofrendo com baixos salários e elevado déficit. É urgente valorizar o ser humano policial", defende Gustavo Mesquita Galvão Bueno, presidente da ADPESP/ADPJ.

Conforme levantamento feito pela ADPESP, a Polícia Civil perde três vezes mais profissionais por suicídio do que por morte em serviço. Desvalorização, baixos salários, jornadas extenuantes e acúmulo de trabalho, somados aos riscos inerentes da profissão, sobrecarregam saúde mental e adoecem os policiais.

“Há três décadas a Polícia Civil convive com o descaso dos governos. Além de receber os piores salários do país, os policiais civis trabalham por dois, às vezes por três, em jornadas extenuantes, para compensar o maior déficit da história da Instituição – são 14 mil cargos vagos”, esclarece Gustavo Mesquita Galvão Bueno, presidente da ADPESP e da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ). “O policial, antes de mais nada, é um ser humano, tem suas necessidades, aspirações, compromissos financeiros pessoais e familiares”, complementa o delegado.

A ADPESP vem cobrando do governo diuturnamente a necessária e urgente valorização dos policiais civis paulistas, através de um salário digno, plano de carreira qualificado e jornada de trabalho justa.