A Prefeitura de São Bernardo realizou, na terça (8), um debate para celebrar os 11 anos da Lei Maria da Penha, instituída para garantir a proteção das mulheres contra qualquer tipo de violência doméstica, seja física, psicológica, patrimonial ou moral. Foram convidados os Promotores Públicos, Maximiliano Rocco e Roseli Naldi Souza, especialistas na Vara Criminal, do Fórum da cidade, para discutir a importância do assunto com os funcionários da Saúde, Educação e Assistência Social do município.

O debate, que aconteceu no Centro de Referência e Apoio a Mulher, localizado na Avenida Doutor Flaquer, 208, no Centro, tem o objetivo de explicar todas as vertentes da Lei e também apresentar maneiras, em que os funcionários da Prefeitura podem ajudar as mulheres vítimas de agressão.

A diretora do Centro de Referência, Eunice de Cássia Santos Pereira, explicou que a apesar da Lei estar em vigência há 11 anos, o índice de mulheres, vítimas de diversas formas de agressões, ainda é muito alto e com isso as pessoas necessitam mudar o olhar e enxergar quem necessita de ajuda.

“Convidamos toda a equipe assistencial para participar desta roda de conversa. Eles lidam com a população, seja nas unidades de saúde ou nas escolas, e muitas vezes, as mulheres têm vergonha de pedir ajuda. Porém, nós temos que perceber o que está acontecendo e acolher todas as vítimas e oferecer ajuda. Afinal, agressão é crime e as pessoas precisam ser punidas”, explicou Eunice.

Já a coordenadora do projeto Leonilda Trindade, ressaltou que além de ajudar, as pessoas necessitam compreender as questões jurídicas e lutar por todos os direitos. “Precisamos mudar o comportamento da sociedade e entender o que pode ser feito em prol das mulheres. Temos um instrumento de proteção ao nosso favor e necessitamos saber como usar, temos que dar um basta em todas essas agressões e lutar contra a imposição do machismo da sociedade, ressaltou Leonilda.

Comemoração - Os 11 anos da implantação da Lei Maria da Penha foi comemorado, na segunda (7).  A Lei, que leva o nome da cearense Maria da Penha, entrou em vigor após a vítima ser agredida pelo próprio marido e ficar paraplégica.