20 Apr 2024


Carla Cottini, a soprano brasileira destaque de Rigoletto

Publicado em Cultura & Lazer
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A soprano brasileira Carla Cottini, que vive em Berlim, veio especialmente ao Brasil, para se apresentar como Gilda na ópera italiana: Rigoletto, de Giuseppe Verdi, que estava em cartaz durante o mês de julho, no Theatro Municipal de São Paulo. Na quarta (31) de julho, dia da última apresentação de Carla, a soprano concedeu uma entrevista exclusiva à Folha do ABC e contou um pouco sobre sua experiência e o próximo trabalho no Brasil. Confira.

 

Folha do ABC- Carla, você voltou ao Brasil, especialmente para participar da ópera Rigoletto, como Gilda. Poderia nos contar como foi essa experiência? E qual a sua expectativa para as últimas apresentações em Ilha Bela e Porto Alegre?

Carla Cottini- Minha experiência como Gilda tem sido inenarrável. Ao mesmo tempo que muito desafiadora, por conta da dificuldade do repertório em si, é o meu sonho! Estou me preparando para este momento há anos! Houve dias difíceis, não nego. Dias de autoquestionamento, de medo, de bloqueios, dias de investimento. Mas eu sempre digo que esse é o nosso trabalho: vencer a si mesmo, atravessar os bloqueios do próprio ego. Brinco que, para cantar, nem cobraria. Amo tanto o momento em que estou cantando, que digo que recebo meu cachê em troca de muito trabalho constante e diário que permite aquele momento único e irrepetível de cada apresentação. A Gilda está me ensinando a encontrar o caminho do meio entre controle e entrega. É lindo. Cada dia acontece de um jeito.

Meu concerto de antologia operística de Monteverdi a Mozart no final de semana é outro sonho. Pareço ultrarromântica falando, né? Mas é verdade: estou realizando dois imensos sonhos em uma única semana! Ana Schwedhelm é minha melhor amiga, minha mestra, minha colega e minha aluna ao mesmo tempo. Lutamos juntas pela música e pela arte desde que nos conhecemos em Valência. Agora ambas vivemos em Berlim e acompanhamos o crescimento uma da outra. O Fernando Cordella é um gênio da música. Este concerto é, de fato, sucesso garantido, ainda mais na Ilhabela, em Vermelhos, um dos palcos mais mágicos do nosso Brasil.  Euridice, em Porto Alegre, será outra estreia para mim: um repertório completamente diferente do que estou fazendo no Teatro Municipal de São Paulo. Vai ser um salto de séculos no repertório.

 

Folha do ABC- Quando voltar para a Alemanha, quais serão seus próximos trabalhos e como é a sua rotina como soprano? Há planos de voltar ao País ainda neste ano ou no próximo para alguma apresentação?

Carla Cottini- Volto para a Alemanha entre o concerto de Ilhabela e a Euridice de Porto Alegre. Tenho uma semana, mas quero estar em casa, sozinha, imersa. O meu processo de criação é bem solitário. Existem algumas pessoas com as quais conto durante este processo: os professores de canto, os repertoristas e meus colegas mais próximos, com os quais troco muito. Depois da Euridice, no finalzinho de agosto, dou uma masterclass em São Paulo e volto para Berlim. Vou voltar pro curso de alemão e começar a preparar meus papéis do ano que vem. Dia 27 de outubro tenho um recital com Ricardo Ballestero no SESC de Santo André. Volto especialmente para isso. Mais do que especialmente, porque fazer música com Ricardo é luxo. Minha agenda sempre se atualiza e está disponível no meu site! Bem-vindos!

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