Mais uma vez os brasileiros deram demonstrações de amadorismo e logo colocaram em prática o egoísmo que carregam no coração. Bastou a greve dos caminhoneiros e os tanques dos carros vazios, que foi um “salve se quem puder”. Quem circulou pelos mercados esta semana que passou via constantemente a cena de pessoas garantindo mantimentos, como se estivéssemos em guerra. O extinto de sobrevivência aguçou nos brasileiros. Estocaram carne, leite, água e o que foi possível. Com a falta de mercadorias e a alta procura, começaram os abusos nos preços dos produtos. Os supermercados, hortifrutis, empórios e até pequenas quitandas no ABC aproveitaram para triplicar os preços. O quilo da batata chegou a custar R$ 10,99 em uma mercearia no centro de São Bernardo. É quase um aumento de 150% no valor. A cebola passou para R$ 12,99, o quilo, e a batata doce para R$ 6,98. Itens de higiene pessoal de primeira necessidade como papel higiênico também sofreram reajustes abusivos na semana que passou, sendo encontrados por mais de R$ 7, pacote com quatro rolos. Quando a greve deu uma trégua e os caminhões combustíveis começaram a chegar nos postos escoltados por policiais, começou a disputa para abastecer. As pessoas esqueceram a educação, os bons modos e promoveram um espetáculo de horror. Com as quilométricas filas de carros que se formavam quando um caminhão de combustível encostava em um posto para descarregar, ‘espertinhos’ de plantão furavam a fila para garantir o seu próprio combustível. Buzinas e pessoas gritando foram comuns em postos centrais das cidades do ABC. Uns mais ‘espertos’ ainda, venderam gasolina adulterada e depois sofreram com atos de vandalismo no posto. Como aconteceu no Rugde Ramos, em São Bernardo. Clientes jogaram latas de lixo, quebraram mesas da loja de conveniência e depredaram bombas de combustível.  Outros casos de violência e agressividade aconteceram durante os bloqueios nas principais rodovias. Grupos com interesses políticos se infiltraram  no meio dos grevistas e causaram pânico e terrorismo a motoristas e manifestantes. O caminhoneiro que ameaçasse a furar o bloqueio era atacado por pedras.Pena que os interesses e o bem estar dos caminhoneiros estão em segundo plano, o movimento todo tem outros interesses políticos.