25 Apr 2024

Publicado em Editorial
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Em busca de novas oportunidades de trabalho, estabilidade financeira, qualidade de vida e segurança, milhares de brasileiros partem rumo a Portugal. Segundo destino mais procurado para fixar residência, perdendo apenas para os Estados Unidos, de acordo com pesquisa Datafolha, Portugal caiu na graça dos brasileiros que querem “fugir” da instabilidade econômica e política que assolam o país. Iludidos com a facilidade no idioma e com as possíveis oportunidades de construir uma vida nova na Europa, milhares de brasileiros se mudaram para Portugal nos últimos anos. Segundo dados divulgados no Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em 2017, houve alta de 5,3% no total de brasileiros vivendo em Portugal. O que representa a maior comunidade estrangeira no país, com mais de 85 mil cidadãos. Mas, como diria o autor Gibran Calheira, “nem tudo na vida são flores”. Muitos brasileiros mudam de país sem planejamento e sem conhecer o País, outros não encontram o que buscavam ou não conseguem contrato de trabalho. Alguns não conseguem emprego fixo e vivem de “bicos” na construção civil ou entregando pizzas. Sem renda proveniente do Brasil, muitos encontram dificuldades financeiras para se manterem. E aí que a situação piora, sem dinheiro sequer para a passagem de volta ao Brasil, brasileiros recorrem ao programa de retorno voluntário, chamado Árvore da Organização Internacional para as Imigrações (OIM). Até julho deste ano, o número registrado já superou todos os 232 pedidos de ajuda de 2017 feitos por brasileiros em situação considerada crítica em cidades portuguesas. Nos últimos cinco anos, o programa de apoio financiou a viagem de volta de 1.639 brasileiros. Para conseguir o auxílio, os imigrantes passam por entrevistas para constatação da condição de extrema dificuldade. Após aprovado, o candidato recebe passagem área de volta e €50 para despesas de viagem. Quem retorna ao Brasil com ajuda do programa, fica impedido de retornar à Portugal por três anos. Em casos mais críticos, a OIM concede € 2 mil para recomeço no Brasil. Geralmente quem procura por apoio de regresso são pessoas com formação básica ou sem qualificação profissional, que dependem de serviços na construção civil, limpeza, restaurantes, bares e entregas. Há ainda aqueles que não conseguiram emprego na área de formação e “agarraram” qualquer oportunidade. É a triste realidade.

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