Um mercado que movimenta milhões de dólares por ano. Só em 2017, foram US$ 17,8 bilhões em vendas. Inovações, fusões e aquisições movimentam o setor. É a indústria farmacêutica, um setor que parece estar em constante expansão. A crise econômica parece não tem influenciado nos resultados. O segmento obteve avanço de 11,73% em relação à 2016, com 3,91 bilhões de caixas de medicamentos vendidas, só no mercado nacional foram movimentados mais de R$ 56 bilhões. As exportações também são expressivas. Em 2017, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as exportações foram de US$ 1,2 bilhão. As importações de medicamentos, vacinas e outros produtos arrecadaram US$ 6,5 bilhões. Realmente é um mercado que não para de crescer. As indústrias e laboratórios farmacêuticos cada vez querem mais e investem cada vez mais em pesquisas para desenvolver de novos medicamentos e aumentarem seu portfólio. É o caso, por exemplo da Roche. Com faturamento anual de R$ 3,1 bilhões, a marca investiu mais de R$ 360 milhões em pesquisa clínica no Brasil para desenvolver drogas que auxiliem no tratamento contra o câncer de mama. A Aché, também com faturamento anual em torno de R$ 3 bilhões, junto com outras três empresas farmacêuticas nacionais, constitui a Bionovis, uma empresa dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento de biofármacos, que darão origem a medicamentos que tratam alguns tipos de câncer, doenças autoimunes e esclerose múltipla. A EMS investe constantemente em novos produtos e possui um o maior portfólio do setor farmacêutico, com 2,6 mil produtos. Recentemente, o laboratório anunciou aportes para expansão no segmento de genéricos para tratamento de doenças do Sistema Nervoso Central.  E não é só no ramo de remédios que os laboratórios têm investido. Os cosméticos também representam uma grande fatia dos investimentos das empresas. A Amyris, por exemplo, anunciou que irá investir US$ 110 milhões, cerca de R$ 450 milhões, na construção de duas fábricas no Brasil para ampliar a oferta da matéria prima usada em seus cosméticos. Todo este cenário favorável no setor farmacêutico pode ser explicado pelo aumento da conscientização da população com relação à prevenção de doenças, aumento dos gastos com saúde pelo governo, aumento no uso de medicamentos genéricos e ao envelhecimento da população. Se tudo continuar assim, o Brasil poderá ocupar a 5ª posição entre os maiores mercados mundiais na venda de medicamentos. Atualmente o país ocupa o 8º lugar, atrás de países como Reino Unido, França e Itália.