19 Apr 2024


A população mundial em 2050

Publicado em Editorial
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De acordo com um novo relatório das Nações Unidas lançado, na segunda (17), a população mundial deve crescer em 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, passando dos atuais 7,7 bilhões de indivíduos para 9,7 bilhões em 2050. O estudo indicou ainda que a população mundial poderia chegar a quase 11 bilhões de pessoas em 2100.
O relatório ainda confirmou que a população mundial está se tornando mais velha devido a uma expectativa de vida maior e a taxas de fertilidade descendentes. O documento aponta também que está crescendo o número de países que vivem uma redução no tamanho da sua população.
As novas projeções populacionais indicam que, de agora até 2050, nove países vão responder por mais da metade do crescimento estimado para a população global: Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Indonésia, Egito e Estados Unidos (em ordem decrescente de aumento esperado). Por volta de 2027, estima-se que a Índia vá superar a China como o país mais populoso do mundo.
Até 2050, a população da África Subsaariana poderá dobrar (um aumento de 99%). Regiões que podem ter taxas menores de crescimento populacional entre 2019 e 2050 incluem a Oceania (56%) — excluindo desse índice a Austrália/Nova Zelândia —, o Norte da África e o Oeste da Ásia (46%), a Austrália/Nova Zelândia (28%), o Centro e o Sul da Ásia (25%), a América Latina e o Caribe (18%), o Leste e o Sudeste da Ásia (3%) e a Europa e a América do Norte (2%).
Estima-se que a taxa global de fertilidade — que caiu de 3,2 nascimentos por mulher em 1990 para 2,5 em 2019 — diminua ainda mais, para 2,2 em 2050. Em 2019, a fertilidade permanece, em média, acima dos 2,1 nascimentos por mulher ao longo de toda a vida nas seguintes regiões: África Subsaariana (4,6), Oceania (3,4) — excluindo desse índice a Austrália/Nova Zelândia —, Norte da África e Oeste da Ásia (2,9) e Centro e Sul da Ásia (2,4). Segundo as Nações Unidas, uma taxa de fertilidade de 2,1 nascimentos por mulher é necessária para garantir a substituição das gerações e evitar o declínio populacional no longo prazo, na ausência de imigração.
Com esses dados, é possível observar o já esperado, as populações que crescem mais rápido estão nos países mais pobres, onde o crescimento da população traz desafios complementares ao esforço para erradicar a pobreza, alcançar uma maior igualdade, combater a fome e fortalecer a qualidade da Saúde e Educação.
Já em relação a expectativa de vida ao nascimento para o mundo, que aumentou de 64,2 anos em 1990 para 72,6 anos em 2019, deve aumentar ainda mais, para 77,1 anos em 2050. Até 2050, uma em cada seis pessoas no mundo terá mais de 65 anos (16%) — um aumento na comparação com a taxa de uma em cada 11 (9%) em 2019.
Segundo o relatório, a migração tornou-se um componente principal da mudança populacional em alguns países. Ente 2010 e 2020, 14 países ou áreas terão uma entrada líquida de mais de 1 milhão de migrantes, ao passo que dez países terão uma saída líquida de migrantes de dimensões similares. Algumas das maiores saídas de migrantes são impulsionadas pela demanda por trabalhadores migrantes (Bangladesh, Nepal e Filipinas) ou pela violência, insegurança e conflito armado (Mianmar, Síria e Venezuela). Belarus, Estônia, Alemanha, Hungria, Itália, Japão, Rússia, Sérvia e Ucrânia terão uma entrada líquida de migrantes ao longo da década, o que ajudará a compensar perdas populacionais causadas por um excesso de mortes em relação aos nascimentos.

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