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Shoppings ou e-commerce?

Publicado em Editorial
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No Brasil, apesar do comércio eletrônico, cujas vendas deverão chegar a R$ 79,9 bilhões em 2019, fluir de vento em popa, os 563 shoppings do País não devem desaparecer, como tem acontecido nos Estados Unidos, onde o banco Credit Suisse já prevê que um quarto dos shoppings americanos fechará até 2022.
O comércio eletrônico vive um verdadeiro boom no País. Em 2018, registrou faturamento de R$ 53,2 bilhões, alta nominal de 12% na comparação com 2017, segundo a Ebit Nielsen, referência em informações sobre o e-commerce brasileiro. Foram 123 milhões de pedidos realizados pelo e-commerce, 10% a mais do que no ano anterior. O tíquete médio de compras foi de R$ 434, ligeira alta de 1%.
Em 2019, o volume de vendas do comércio eletrônico deve chegar a R$ 79,9 bilhões, segundo estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, a ABComm. Isso significa que, caso a previsão de fato se concretize, haverá um crescimento de 16% em comparação com o resultado atingido no ano passado em lojas virtuais de todo país, sendo ainda o maior avanço atual registrado desde 2015.
O e-commerce deverá registrar um tíquete médio de R$ 301 com um total de 265 milhões de pedidos até o fim de dezembro, totalizando 87 mil lojas virtuais. Micro e pequenas empresas também devem aumentar a sua participação no faturamento, chegando a 29%, segundo a associação. Ainda é estimado que a participação dos marketplaces no faturamento do setor também pode apresentar crescimento, passando dos 31% obtidos em 2018 para 35% até o fim de 2019.
Apesar disso, os shoppings centers no Brasil ainda possuem números expressivos: são no total 563 shoppings no País, com faturamento de R$ 178,7 bilhões, 104.928 lojas, 1,08 milhão de empregos gerados, 490 milhões de visitantes por mês e 15 novos empreendimentos a se-rem inaugurados ainda neste ano. Sendo três deles recém abertos em São Paulo, o Shopping Parque da Cidade (em maio), e o Só Marcas Outlet Guarulhos e Ourinhos Plaza (em julho). E outros três ainda a inaugurar, o Smart Outlet Aeroporto, em setembro; a Estação Jardim Shopping, em outubro e o Shopping Parkcity Sumaré, em novembro.
A região Sudeste possui, no total, o maior número de shoppings do Brasil, com 289 empreendimentos, o que corresponde a 55% do setor, movimentando R$ 8,73 milhões. Da região, o Estado de São Paulo possui o maior número de shoppings e operações, com, respectivamente, 175 e R$ 5,35 milhões.
Só a Multiplan, maior empresa de shoppings do Brasil, possui 20 empreendimentos em atividades e obteve crescimento de 28% no lucro e 7% da receita em 2018. Isaac Peres, empresário fundador do grupo, em recente entrevista à uma revista, afirmou que os shoppings não irão desaparecer. “O shopping center virou um oásis em meio ao caos urbano. Os humanos precisam do contato humano. Os shoppings são áreas de convergência e interatividade”, afirmou. Já superintendente do ParkShopping São Caetano, Beatriz Alves, em entrevista à Folha do ABC, revelou que os shoppings, cada vez mais, estão deixando de ser um centro de compras e passando a ser um centro de convivência, de experiências, de encontros, uma extensão de casa.
Portanto, no Brasil, ao que tudo indica, o boom do comércio eletrônico não irá afetar de maneira fatal o shoppings centers, com esse novo papel assumido pelos empreendimentos, o de serem verdadeiros e completos oásis em meio ao caos urbano.

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