19 Apr 2024

Publicado em Editorial
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Os radares ainda são temidos e causam dor de cabeça em muitos motoristas do ABC. A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de número 396/2011 estabelece a fiscalização por radares dos tipos fixo (de velocidade com registro de imagens instalado em local definido e em caráter permanente); estatístico (medidor de velocidade com registro de imagens instalado em veículo parado ou em suporte apropriado); móvel (instalado em veículo em movimento, procedendo a medição ao longo da via) e portátil: medidor de velocidade direcionado manualmente para o veículo.
O objetivo dos radares é, acima de tudo, exercer função educativa, para que os motoristas respeitem os limites de velocidade, porém, em muitos casos, há certo abuso nos locais onde eles são instalados, muitas vezes “escondidos” da visualização do motorista, que acaba caindo numa verdadeira “armadilha”, sendo pego de maneira desprevenida e recebendo multas por infrações.
Santo André, que até anos atrás, era conhecida pelo jargão popular: “Visite Santo André e ganhe uma multa”, acabou com o terrorismo promovido pelos radares móveis, há quase dois anos, em outubro de 2017. Na ocasião, o próprio prefeito Paulo Serra afirmou: “É o fim das pegadinhas de trânsito e da indústria da multa que tanto atrapalhou a nossa cidade”. No município, foram extintos seis equipamentos móveis e um radar portátil (do tipo pistola), que fiscalizavam alternadamente 21 vias. Atualmente, ainda existem 65 radares fixos na cidade. A Prefeitura informou que desde a retirada dos radares móveis, além do número de óbitos provocados por acidentes de trânsito na cidade ter caído cerca de 50% nos últimos três anos, houve uma economia de R$ 87,5 mil mensais que deixaram de serem gastos com o pagamento da manutenção dos equipamentos. O custo por hora de uso dos equipamentos chegava a R$ 50,83.  Não foi divulgado o valor arrecadado com as multas.
Em São Caetano, não há radares móveis nem fixos, segundo a Prefeitura. O que existem são 17 medidores de velocidade. “Não há operacionalização de nenhum tipo de medidor de velocidade na municipalidade, escondidos ou camuflados por objetos ou vegetação, conforme determina Lei Federal nº 9503/1997 (código de trânsito Brasileiro) e trata-se de iluminadores (flash) dos equipamentos das lombadas eletrônicas, ou seja, não são radares. Os valores arrecadados são contabilizados anualmente pela secretaria de Mobilidade Urbana, porém não foram informados.
São Bernardo, como tem a maior área territorial, de 408, 45 km² e a quarta maior frota de veículos do Estado, também possui maior número de radares do ABC. Segundo a Prefeitura são 12 radares móveis, que cobrem 116 locais, e 105 radares fixos. No primeiro semestre deste ano, a cidade liderou a redução do número de mortes no trânsito em todo o ABC. De janeiro a junho, o município reduziu em 24% os de casos de óbitos, na comparação com o mesmo período do ano passado. Também foi informado que a manutenção dos equipamentos está prevista dentro do contrato junto à empresa que presta serviço na área de operação de trânsito na cidade e não há previsão de extinção de radares móveis.
Portanto, os radares podem de fato contribuir para aumentar a segurança no trânsito e punir os excessos, mas, na cabeça de muitos motoristas, eles ainda são os verdadeiros vilões.

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