19 Apr 2024


A corrida eleitoral no ABC

Publicado em Editorial
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Faltam praticamente doze meses para as eleições municipais de 2020 e, no ABC, já começaram as ‘tratativas eleitorais’. Os atuais prefeitos, Paulo Serra (Santo André), Orlando Morando (São Bernardo) e José Auricchio Júnior (São Caetano) disputarão a reeleição, e, até o momento, não têm potenciais adversários.
Tanto em Santo André, no governo Paulo Serra, quanto em São Bernardo, na gestão Orlando Morando, os prefeitos, em primeiro mandato, iniciaram suas administrações em 2017, com as mesmas bandeiras: a do “choque de gestão” e a do “novo governo”, com austeridade fiscal, corte de cargos comissionados, carros oficiais, etc. Também percorreram caminhos semelhantes em áreas como a de Saúde, alinhados com as ações do então prefeito de São Paulo, João Doria, e instituíram o Fila Zero, para consultas e exames no município; e na Educação, a entrega dos uniformes antes do início das aulas. Morando e Serra ainda estiveram alinhados nas eleições de 2018, onde Ana Carolina Barreto Serra, primeira-dama e presidente do Núcleo de Inovação Social, coordenou a campanha vitoriosa da deputada estadual da colega, e primeira-dama de São Bernardo, Carla Morando. Os dois ainda, juntos, endossaram o coro: “Tá na hora, fazer São Paulo acelerar com João Doria”, para governador do Estado.
Já em São Caetano, a experiência e a fama de “bom gestor” levaram ao terceiro mandato o prefeito José Auricchio Júnior. Para eliminar o déficit orçamentário da ordem de R$ 250 milhões, Auricchio realizou um verdadeiro choque econômico, que resultou num ponto de equilíbrio ao município, que já recuperou a capacidade de investimentos, com recursos próprios, que chegam aos R$ 42 milhões. Auricchio ainda realizou melhorias em pontos cruciais para a população, ou seja, nas áreas de Saúde, com a descentralização da Farmácia de Alto Custo; Educação, com a reforma de 20 escolas e combate a criminalidade com 200 câmeras de videomonitoramento. Isso, sem falar nos níveis invejáveis de IDH e qualidade de vida que a cidade possui, sendo destaque no Brasil inteiro. Auricchio ainda conseguiu uma façanha: elegeu um deputado estadual oriundo do município, seu filho Thiago, mesmo São Caetano não tendo colégio eleitoral para isso.
Como nem tudo são flores, Morando, Serra e Auricchio também tiveram algumas pedras no sapato: Serra, com o fechamento de cerca de 7 unidades de saúde para reforma; o anúncio do aumento do IPTU no município, que foi cancelado; e constante falta d’água na cidade, em mais de 20 bairros. Morando, com a exoneração do secretário-adjunto do vice-prefeito, alvo da ‘Operação Lix’; a tenebrosa chuva de novembro de 2018; a emblemática obra do Piscinão do Paço; o indiciamento da Polícia Federal que pediu o afastamento do prefeito, pela ‘Operação Prato Feito’, etc. Já em São Caetano, a dor de cabeça ficou por conta de um desabamento parcial de laje em edifício do bairro da Fundação; estragos de chuvas no bairro Prosperidade e o fantasma do TCE (Tribunal de Contas do Estado) se aprovava ou não as contas do prefeito.
Porém, mesmo com estes imbróglios, os atuais prefeitos registram vantagens em seus possíveis adversários. Em Santo André, ainda timidamente, estão cotados para enfrentar Paulo Serra: o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Ailton Lima (PSD); o professor universitário, Bruno Daniel (PSOL); o vereador Eduardo Leite (PT); o ex-supersecretário na gestão Aidan Ravin, Nilson Bonome e o superintendente do Semasa, Almir Cicote.
Em São Bernardo, um potencial candidato à disputa eleitoral será o ex-prefeito Luiz Marinho (PT), caso a reestruturação do partido no Estado agrade a população. Já o deputado federal Alex Manente (Cidadania) afirmou que só irá entrar no páreo caso a administração de Morando apresentar evidentes sinais de fraqueza e desgaste nos meses que antecedem a eleição. Já em São Caetano, Auricchio tem conseguido neutralizar seu adversário, o ex-prefeito Paulo Pinheiro, trazendo seus antigos aliados para compor o governo. Há ainda, fazendo fumaça, um empresário, que recebe forte apoio de um prefeito de outro município.
Porém, como na política tudo muda a cada instante, há ainda, até o dia 5 de julho de 2020, data limite para o registro das candidaturas, muito tempo para boas mudanças.  

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