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Publicado em Editorial
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou, nessa semana, as novas datas e prazos para as eleições de 2020, em razão da aprovação da PEC 18/2020. O primeiro turno acontecerá no dia 15 de novembro e o segundo turno será em 29 de novembro.
Com isso, todos os prazos do Calendário Eleitoral, originariamente previstos para o mês de julho de 2020, ficam prorrogados por 42 dias, proporcionalmente ao adiamento da votação. Assim, as convenções partidárias, para a escolha de candidatos, que aconteceriam de 20 de julho a 5 de agosto, serão realizadas no período de 31 de agosto a 16 de setembro. Já o registro das candidaturas tem com prazo limite o dia 26 de setembro.
Porém, nas eleições municipais de 2020, não foram só as datas de votação e o calendário eleitoral que foram adiados e remarcados. A campanha eleitoral, desta vez, deverá ser bastante diferente por conta da pandemia do novo coronavírus e deverá trazer alguns desafios para os candidatos.
É difícil imaginar uma campanha política sem aglomeração, sem comícios, sem as tradicionais caminhadas pelas ruas mais populares das cidades, sem o aperto de mão, sem os cafezinhos, ou seja, sem o famoso corpo-a-corpo entre candidatos e eleitores. A política é, naturalmente, uma atividade de contato, que só se intensifica nos períodos eleitorais. Mas, a pandemia de Covid-19 tem tornado, praticamente tudo isso, quase impossível. As orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e das principais autoridades sanitárias do País são de distanciamento social, evitar aglomeração e uso de máscaras. Não se sabe até quando.
Ainda que a pandemia esteja razoavelmente controlada no período da disputa, ainda haverá, na memória das pessoas, as dificuldades e mudanças impostas pela Covid-19. A campanha não deverá ser a mesma de sempre.
Candidatos terão que fortalecer o contato com seus eleitores virtualmente, ou seja, pelas mídias sociais, que serão instrumentos de propaganda e aproximação. Isso funcionou muito bem nas eleições presidenciais de 2018. O presidente Jair Bolsonaro foi eleito através do uso eficiente das redes sociais. Porém, atualmente, com a crise das fakes news, será que apenas o uso de redes sociais será tão efetivo assim?
Além das fakes news, uma campanha exclusivamente pela internet não acessa todos os setores da sociedade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à internet. Em números totais, isso representa cerca de 46 milhões de brasileiros que não acessam a rede. No ABC a situação não é diferente.
A mídia e os jornalistas terão grande papel no combate das fakes news. Muitos eleitores terão que recorrer à credibilidade e à confiança de informações apuradas e precisas de profissionais capacitados. Afinal, se toda a sociedade precisa de informação para viver, trabalhar e procura notícias para se atualizar; o mesmo não acontece quando se fala em interesse em campanha política, ainda mais pelas telas de celulares ou tablets. Definitivamente, será uma campanha atípica. Mas, tudo isso não preocupa os prefeitos do ABC. Com a pandemia, sem potenciais adversários e, alguns, se portando como verdadeiros heróis e ‘salvadores da pátria’, já descartam a derrota. Assim, os atuais prefeitos aptos a um novo mandato, poderão ser reeleitos com certa facilidade, ainda que haja uma campanha atípica.

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