19 Apr 2024

Publicado em Dom Pedro
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A democracia inclui a troca pacífica dos governantes. Foi o que vivemos, através das eleições para prefeitos e vereadores.
Agora, se pergunta o que os vencedores irão fazer? Cumprirão as promessas? Estão à altura para trabalhar pelo bem comum, deixando de lado rivalidades pessoais, lutas egoístas pelo poder? Há grande expectativa. O povo votou, desta vez, mais consciente e decidido a dar o poder aos que julgou melhores. Foram desprezados aventureiros que nas eleições presidenciais de 2018 foram alçados ao poder e, ao exercê-lo demonstram imaturidade e incompetência que fazem o país sofrer, além da pandemia. Em 2018, quisemos sair da boca da onça e caímos na boca do leão.
A população clama por lideranças capazes de resolver os problemas mais urgentes como moradia, desemprego, segurança, educação, saúde entre outros. Entre todas as reivindicações as principais são saúde e educação. Apesar de termos o SUS, prova de que há solução para os problemas, a pandemia nos coloca em luto nacional. Só no  ABC são 77.160 pessoas infectadas e 2.868 óbitos quando escrevo. A crise constante na organização da educação é sentida pela população como fator gerador de pobreza e miséria. Sem educação, o Brasil não progride para todos. Educação é projeto pedagógico não é só inaugurar escolas. É também cuidado com a família, base da sociedade a qual o Estado deve proteger (cf. Constituição Brasileira Art. 226).
A nível nacional, percebemos que o custo social e humano da corrupção e a incompetência vai minando as esperanças da Nação. O povo sofre e em especial nas periferias a fome está voltando. É preciso que os eleitos tenham espírito público, o qual se traduz em diálogo civilizado com todos os segmentos da sociedade. É preciso que tenham respeito pelas instituições. O dinheiro existe para se resolverem estes problemas mas não há planejamento e vontade política, falta às vezes a misericórdia que Jesus teve com a população miserável: “Tenho pena deste povo que anda como ovelhas sem pastor” (Mc 6,34).  Os pastores foram escolhidos. Saberão pastorear o povo e não a si mesmo e seus clãs? De qualquer forma deverão prestar contas a Deus do qual emana todo o poder, também o que passa pelo povo (Rm 13,1; Jo 19,10).
Enfim, o que se espera dos prefeitos e vereadores eleitos é que exerçam a cidadania conforme o mandato recebido para serem pessoas públicas, capazes de desenvolverem políticas públicas em favor da população, em especial as mais carentes. A Igreja Católica, na Campanha da Fraternidade do ano passado, tratou deste tema mais atual que nunca. As políticas públicas são um conjunto de ações, programas e decisões tomadas pelos gestores públicos, com a participação ou não da população, que são direitos dos cidadãos e devem ser garantidos e implementados pelos gestores públicos.
As políticas públicas afetam todos os cidadãos.  Não são favores, mas deveres dos gestores públicos. Devem ser implementadas para atingirem resultados na promoção do bem comum. No sentido político é processo de decisões administrativas ou conjunto de projetos e atividades realizadas pelos governantes de forma planejada em benefício da população, atendendo em especial os que mais precisam.
O Reino de Deus inaugurado por Jesus é feito de justiça e paz. As políticas públicas são instrumentos para atingir estes objetivos, por isso, a Igreja insiste neste ponto e conclama seus fiéis a vigiar os eleitos no cumprimento de suas funções. E também colaborar com sugestões e participação para que haja eficiência e transparência.
O voto dado deve prolongar-se na atenção para o que faz o eleito. Dizia Napoleão Bonaparte que, “a obra política mais difícil é conquistar a confiança antes que o êxito por realizar o prometido”. É mesmo, do contrário a política será a “arte” de se servir do povo, dando-lhe a crer que o servimos.
Parabéns aos eleitos, que Deus os fortaleça com sua bênção!

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