Nós, humanos, de um modo geral, temos dúvida quando aos nossos procedimentos em relação a tudo que nos cerca, seja nos laços familiares, no trabalho, no relacionamento com nossos amigos e pessoas. Lendo um livro sobre religiões entre os vários assuntos abordados. Gostei muito da parte sobre ética. Formula regras para que o certo e errado e traz duas regras sobre o comportamento correto: primeiro ama teu próximo como a ti mesmo e segundo trate os outros como gostaria de ser tratado. Esta é a chamada regra de ouro do princípio da reciprocidade.
E, através da história muitos filósofos morais testaram fórmulas e regras para um comportamento correto das pessoas e aceitas como uma relação ética chamada de utilitarismo que nos leva ao contentamento não usado como satisfação de uma vida boa e inclui a amizade e autodesenvolvimento para que a maioria das pessoas possa alcançá-lo.
Agora, como idoso, fico relembrando de minha juventude, sobretudo pré-vestibulando, mesmo como acadêmico de medicina que este conceito de ética, ainda que sempre bem praticada por mim, pela orientação de minha querida mãe, que apesar de ser roceira sempre nos aconselhou, eu e minha irmã, como devíamos proceder nesta rotina da vida diária dizia para ser sempre participativo, ser honestos e tratar bem todas as pessoas.
Pois passaram os anos e, hoje, rememorando e relendo Immanuel Kant ícone da ética, às vezes até excessivo em busca dela, fico satisfeito comigo mesmo e feliz por jamais ter esquecido e lembrado, a cada dia, os conselhos de minha mãe, durante toda minha vida, desde as coisas mais simples as mais complicadas. Cito, por exemplo, quando comecei a namorar a minha querida esposa aos dezessete anos e ela aos quatorze. Casamos em 1955 e vivemos juntos cinquenta e três anos, mas como ia dizendo e, já como acadêmico de medicina e quando ia namorar, minha mãe sempre me dizia: filho, seja educado, trate elegantemente a namorada. Nada de abraços e beijos e o respeito deve ser sempre observado.
Hoje, com netos e bisnetos vivendo em uma época um tanto liberal, fico relendo Immanuel Kant (1724-1804) que dizia que é dever do indivíduo se comportar com seu código moral interno que existe em todas as pessoas. Para ele, esta seria uma ação correta mais que um imperativo. Também refere normas de comportamento que irão gerar outras normas ou dúvidas, pois já naquele tempo, considerava absurdo as pessoas roubarem, tentar furar filas, fraudar imposto de renda e não respeitar as leis emanadas pelo governo.
Obs: Acho que nossos políticos deveriam lê-lo ou, pelo menos, saberem que ele foi o principal autor a se preocupar com as leis da ética e da honestidade.