Ao que tudo indica, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) “comprou” a briga com o ex-presidente e assim se movimenta na articulação política de alianças do seu partido para as eleições municipais do próximo ano. Em primeiro lugar, quer abrir mão de candidaturas em cidades importantes do interior para ter a seu lado na disputa pela prefeitura paulistana os seguintes partidos: PSB, PP, PTB e PDT. Nessas alianças, o valor maior está no número de candidatos a vereador de cada legen-da que, evidentemente, irão apoiar o candidato a prefeito do PSDB. Assim, o governador abriu o jogo de seu partido em relação ao esquema político-eleitoral montado pelo ex-presidente Lula. Por sinal, agindo assim, Alckmin também prepara o caminho para sua campanha eleitoral em 2014, quando pretende se reeleger governador do Estado.

 

No ABC, se Alckmin levar adiante a empreitada de “peitar” os candidatos petistas, a briga vai ser boa. Os petistas, entre eles o prefeito de São Bernardo, querem ampliar o cinturão vermelho na região elegendo prefeitos em cinco das sete cidades que formam a região, como aconteceu na época do ex-prefeito Celso Daniel. Atualmente, o PT governa em São Bernardo, Diadema e Mauá. Para evitar isso, o governador quer abrir mão de o PSDB indicar candidatos a prefeito e apoiar candidatos de partidos aliados como Aidan (PTB), em Santo André; Regina Maura (PTB), em São Caetano; e Alex Manente (PPS), em São Bernardo. Para saber mesmo se essa briga é para valer, basta citar a matéria publicada no Estadão, na segunda (14), com o presidente do PSDB de são Paulo, deputado estadual Pedro Tobias, que disse sobre a prioridade da política de alianças e enfatiza: “temos um adversário claro, o PT, e para derrotá-lo precisaremos de alianças”.Assim, nas eleições municipais do próximo ano iremos assistir no ABC a “briga” política entre “caras novas” de Lula contra as alianças partidárias de Alckmin. É isso aí.