24 Apr 2024


No ABC, as águas rolaram mais uma vez

Publicado em Editorial
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No ABC, as águas rolaram mais uma vez

Entra ano, sai ano, é sempre a mesma coisa. Basta um temporal para as águas rolarem no ABC. Na terça (17), o temporal que caiu na região, outra vez, inundou avenidas, ruas, praças, Via Anchieta e outros locais. O trânsito paralisou de vez. As ruas e avenidas da área central de São Bernardo se transformaram em rios, com carros boiando e impedindo até a travessia normal das pessoas em algumas ruas. No início da noite, as águas ainda tomavam contas das avenidas no entorno do Paço Municipal de São Bernardo. Os ônibus pararam de circular, além disso não tinham condições de trafegar e os coletivos, que estavam circulando, ficaram ilhados. O muro da Escola José Fornari, em São Bernardo, desabou sobre dois carros estacionados.  Os que trabalham em São Bernardo e moram em Santo André, perto da divisa entre as duas cidades, foram obrigados a voltarem a pé porque os ônibus não conseguiam transitar pelo Paço Municipal. Foram obrigados a ir a pé pelo Baeta Neves para fugirem das águas.

A Prefeitura de São Bernardo, por sua vez, informou que “o problema é a falta de galerias pluviais para escoar as águas dos córregos”. Os bombeiros detectaram 30 pontos de alagamento nas cidades da região. As chuvas também fecharam a Via Anchieta. Em São Caetano, a avenida Guido Aliberti ficou totalmente tomada pelas águas das chuvas. Os funcionários que trabalham nas empresas localizadas nessa avenida só puderam sair depois das 20 h. Em Santo André, o Rio Tamanduateí transbordou com as águas rolando pelo leito carroçável das vias laterais. As estações de Utinga e Prefeito Saladino, da linha 10-Turquesa da CPTM, entre Santo André e São Caetano, permaneceram fechadas por mais de duas horas. O pior de tudo, é que as pessoas que trabalham em São Paulo só conseguiram chegar em suas casas por volta das 11h da noite. Em Santo André, a demanda de carros que vinham de São Caetano fez gigantescos engarrafa-mentos ao logo da avenida D. Pedro II, rua das Figueiras e outras mais. Isso também foi provocado pelas águas que tomaram conta das ruas no entorno da Prefeitura de Santo André.
As chuvas, a cada ano, fazem enormes estragos em todo o ABC. O verão passa e nada feito pelos poderes constituídos para solucionar o problema. Agora, a situação pode se transformar em caos por causa das dezenas de prédios construídos em Santo André, São Bernardo e São Caetano e que, dentro de meses, deverão entregues aos compradores de apartamento. Com isso, o número de carros nas ruas vai dobrar, a quantidade de água que cai no asfalto, com as sujeiras jogadas nas ruas e nas calçadas, vai entupir as bocas-de-lobo, porque os terrenos vazios, que permitem a drenagem das águas, estão desaparecendo. No Ipiranga, em São Paulo, as dezenas de prédios construídos transformam, a cada chuva, as ruas do bairro em rios.
Com dezenas de prédios erguidos no ABC, nem os piscinões vão impedir as águas rolarem pelo asfalto.

 

Última modificação em Sexta, 20 Janeiro 2012 08:38
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