23 Apr 2024


No ABC, a difícil campanha eleitoral

Publicado em Editorial
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No ABC, a difícil campanha eleitoral

Apesar de ser uma região desenvolvida nas áreas industrial, comercial, esportiva, lazer e de prestação de serviço, etc, o ABC, com uma população beirando três milhões de habitantes, na área político-eleitoral deixa muito a desejar. Não está atrasada em relação ao processo de votação, pois cumpre as determinações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para utilizar as urnas eletrônicas e a apuração dos votos é feita com rapidez. O atraso, então, é em relação às campanhas eleitorais. Nas principais cidades do interior do Estado e também na capital, há um forte diferencial na divulgação das campanhas eleitorais pela utilização da televisão aberta e do rádio, que são obrigados por lei a ceder espaços generosos, duas vezes ao dia, aos candidatos para divulgar seus nomes, trabalhos realizados e programas de atividades legislativas e de governo (executivo).

No ABC, só tem TV paga que, por força de lei, não é obrigada a dedicar espaços às campanhas eleitorais. Alguns canais locais de TVs pagas procuram realizar debates entre os concorrentes, com limitados números de eleitores assistindo.
Então o que os candidatos precisam fazer para divulgar suas campanhas eleitorais? Não é fácil o trabalho de um candidato durante a campanha eleitoral no ABC. A atividade é quase artesanal, pois a principal delas é o que políticos denominam de “corpo-a-corpo”, quando o candidato anda pelas principais ruas da área central e também dos bairros para fazer contato direto com o eleitor, isto é, entra em todas as casas de comércio para cumprimentar os funcionários e também o dono, para nos bares para tomar um cafezinho com alguns eleitores, carrega uma criança no colo, nos fins de semana faz carreata pelas ruas da cidade, etc. É necessário repetir isso quase todos os dias. Nas outras localidades, essas atividades são realizadas, só que em menor escala, pois a TV aberta permite maior penetração de uma só vez. Também contratam cabos eleitorais para distribuir “santinhos” da candidatura nas ruas e para enviar aos eleitores em suas casas. Enfim, o trabalho desenvolvido pelo político do ABC é muito mais difícil e cansativo do que em cidades que possuem canais locais de televisão. Todas essas dificuldades, por um lado, fazem com que as coligações partidárias sejam somente para conseguir mais vereadores na chapa. Com a TV aberta, as coligações são para ganhar mais espaço na TV.
Quando será que o ABC vai ter seu próprio canal aberto de TV?

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