25 Apr 2024


O desabamento em São Bernardo

Publicado em Editorial
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O desabamento em São Bernardo

Na noite de segunda (6), por volta das 19h45, 13 lajes, todas de salas com final quatro, desabaram no Edifício Senador, na esquina da Avenida Indico com a Rua Jurubatuba, na área central de São Bernardo e a poucos metros do Paço Municipal. Uma criança de 3 anos e uma enfermeira de 26 anos morreram e quatro pessoas ficaram feridas. Ainda bem que o desabamento aconteceu à noite, pois se tivesse acontecido durante o dia, o estrago seria bem maior. Ainda não se sabe o que provocou a queda de 13 lajes, mas levantaram a possibilidade de uma infiltração na cobertura ser a causa da queda das lajes.

O prédio tem 74 salas comerciais e uma lanchonete no térreo. A polícia encontrou indícios de uma obra recente, na cobertura, com a finalidade de combater uma infiltração com partes vedadas com cola à base de piche. São hipóteses que ainda estão sendo averiguadas. O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) vai analisar e emitir laudos sobre o motivo do desabamento. Durante vários dias, o trânsito, por causa desse acidente, ficou interrompido numa parte do contorno do Paço Municipal. Com isso, o difícil trânsito de São Bernardo se transformou em caos novamente na terça (7) e ainda na quarta (8). Pelo entorno do Paço passam veículos que vão para Anchieta, Baeta Neves, Santo André, etc, e também no sentido inverso. Por causa do acidente, o trânsito foi desviado do Paço e o caos voltou às ruas secundárias da área central da cidade. O congestionamento tinha, em cada uma, mais de quatro quilômetros. O ruim é que essas ruas, que chegam até o Paço, não têm alternativas, pois não há saídas pelas laterais. Porém, fica como resultado desse desabamento a preocupação com os demais prédios das cidades, construídos há mais de uma década sabe lá como e se a fiscalização foi realizada nos últimos anos. A situação poderá se complicar mais quando as atuais torres, em construção em todo ABC, forem entregues aos compradores de aparta-mento ou de salas comerciais. Todo mundo sabe o privilégio que as grandes construtoras gozam junto às autoridades locais e, diante disso, levantam três ou quatro torres em áreas que caberiam, no máximo, dois prédios. Além disso, fecham ruas para entradas e saídas de enormes caminhões e também o estardalhaço que fazem os caminhões de cimento quando vão encher as lajes nos prédios.
Será que esses novos prédios, construídos durante o boom imobiliário que toma conta do ABC nos últimos anos, não vão ter problemas semelhantes ao Edifício Senador mais para frente?

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