19 Apr 2024


Profissionalização nas badernas nas ruas?

Publicado em Editorial
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09/11/13
Profissionalização nas badernas nas ruas?

As manifestações nas ruas no País começaram em junho, com estudantes protestando contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, no Rio e depois na maioria dos Estados. Posteriormente, famílias, descontentes com a situação política, com o péssimo atendimento na área da saúde, nas escolas, no trânsito, na segurança, também engrossaram as manifestações nas ruas. Isso, evidentemente, assustou as lideranças políticas que estão no poder, principalmente quando os manifestantes pediam, nos cartazes, “hospital padrão Fifa”.

Como se sabe, o governo federal e alguns governos estaduais, que irão receber os jogos da Copa do Mundo no próximo ano, bancam a construção das arenas que serão palcos dos jogos com bilhões de reais, também a reforma dos aeroportos, acesso às arenas dos jogos, etc. As sequências das manifestações nas ruas trouxeram os baderneiros, que aproveitando as manifestações, começaram a quebrar fachadas de lojas, bancos, máquinas de sacar dinheiro, a incendiar veículos da polícias, mídia, ônibus, caminhões, etc. Essa violência surgiu com manifestantes mascarados, predadores, que, de uma hora para outra na passeata, passaram a agir com violência. Depois, os baderneiros se identificaram pela mídia como os “black blocs”, que enfretam os policiais e até agrediram um coronel da polícia militar em São Paulo. Quer dizer, transformaram em baderna as manifestações de protestos de estudantes e de famílias. Com tantas manifestações assim, algumas profissões, como os médicos, foram às ruas protestar contra o programa “Mais Médicos”, contratando milhares de médicos cubanos e também de outros países. Policiais militares, professores e outras profissões também marcaram presenças nas ruas. De junho a novembro, as manifestações continuaram. Agora, com a participação efetiva dos “black blocs”, que quebram tudo que encontram pela frente, e atuando em quase todos os estados. As manifestações também tomaram conta de rodovias importantes, em São Paulo, com manifestantes incendiando caminhões, ônibus e até nos caminhão cegonha de montadora lotado de veículos zero quilômetro.
Percebe-se, assim, que essas manifestações não serão paralisadas. Ao contrário. Os últimos acontecimentos indicam que “profissionais da bandidagem” estão tomando conta das manifestações atuais, com incendiar caminhões de montadoras. No Rio, manifestantes passaram várias semanas protestando na porta do prédio do governador Sérgio Cabral, e em São Paulo tentaram várias vezes entrar no Palácio do Morumbi, sede do governo estadual. As autoridades atuam na base “do deixa como está para ver como é que fica”, como aconteceu no caso do PCC, hoje uma potência. Será que as manifestações de rua vão transformar o País numa baderna generalizada?

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