Com tudo isso, o Natal fica mais aconchegante, mais humano, mais atraente com essa manifestação espon-tânea dos moradores do ABC. Com esse espírito, o Natal anunciado pela televisão fica num plano secundário por causa daquela enxurrada de ofertas de lojas que precisam vender seus produtos, etc. Esse lado, no entanto, é muito importante para a economia, pois as lojas precisam faturar, bem como as indústrias que produzem as ofertas encontradas nas lojas.
O Natal, contudo, não é só isso. É muito mais. É a busca do entendimento, harmonia, paz interior, reconciliação e dos preceitos do Cristianismo. Para os que não estão devidamente informados, constatação comum hoje no dia-a-dia, por falta de apego à leitura, o dia 25 de dezembro é para comemorar o nascimento de Jesus Cristo, que criou uma religião para uns, e uma filosofia de vida para outros, denominada de Cristianismo. É uma data internacional consagrada à lembrança de que Jesus Cristo viveu entre nós. Sofreu e morreu na cruz, deixando um legado de princípios éticos e morais que, se fossem seguidos à risca, poderiam tornar a vida melhor e mais feliz. O período natalino, dessa forma, tem que ser dedicado à reflexão, análise de nosso comportamento, de nossa vida, etc.
O trabalhador brasileiro, por sua vez, um sofredor antes de tudo, procura resolver seus problemas diários com a religião. Isso é muito bom, apesar da invasão de pastores na televisão e no rádio, também no horário nobre, que querem angariar cada vez mais fiéis. Mesmo com a fúria pela coleta de donativos, as palavras religiosas fazem um bem danado, pois dão conforto moral a quem, nas ruas, não tem proteção contra a violência, à bala perdida e o aumento da criminalidade.
É mais do que necessário uma trégua para festejar o Natal. O período exige alegria, convivência familiar e pensamento voltado para o lado bom da vida. Assim, prestamos uma singela homenagem, com muito amor, ao aniver-sariante do Dia, Jesus Cristo.