20 Apr 2024


O cerco ao turista brasileiro

Publicado em Editorial
Avalie este item
(0 votos)

04/01/14
O cerco ao turista brasileiro

Neste período de férias, o turista brasileiro foi surpreendido com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% nos gastos no exterior com cartões de débito e pré-pago, cheque de viagem e saques em moeda estrangeira, que ocorreu na sexta (27 de dezembro), isto é, em pleno período de férias. Com essa decisão, o governo federal igualou esses meios de pagamento à taxa do cartão de crédito. Para um especialista, isso vai estimular o uso do dinheiro em espécie e o turista, segundo notícia na mídia, "está começando a ser cercado, pois o cartão de débito, que era vantajoso, não tem mais sentido". Tudo isso porque está saindo muito dinheiro do País. Segundo dados do Banco Central, em novembro passado, os brasileiros gastaram no exterior US$ 1,87 bilhão em viagens internacionais, que é o valor mais alto da história.

No acumulado do ano passado, o total gasto fora chegou a US$ 23,12 bilhões, superior ao mesmo período de 2012 da ordem de US$ 20,2 bilhões.
A pergunta que se faz nesta altura do acontecimento: "como o brasileiro gasta seu dinheiro no exterior"? Em relação à Europa, as compras dos brasileiros não são volumosas como as dos EUA. E porque isso? Ora, os americanos, obviamente, têm como objetivo vender as mercadorias que estão nas lojas. Para isso, usam a seguinte estratégia: como o mercado consumidor de lá e que conta com a presença de turista, as lojas americanas vendem seus produtos por causa do preço. Uma camisa de colarinho para homem, que no Brasil está em torno de R$ 300 ou R$ 400, no Macy´s e Bloomingdale´s, lojas de departamento em Nova York, é vendida por US$ 40 ou US$ 50 e também na Twenty Century One, loja de saldos. Em todas as compras de roupa, de um modo geral, a diferença entre os produtos vendidos no Brasil e de lá é enorme. Tem mais, nos departamentos dessas lojas têm produtos com todos os preços e até um saldão. Quer dizer, quem entra, sempre compra alguma coisa. Em relação aos hotéis, é impressionante a habilidade dos americanos em encher seus hotéis, pois num quarto são colocadas duas camas de casal, que permitem a hospedagem para quatro pessoas de uma família. No Brasil, as quatro pessoas de uma família são obrigadas a ficar em dois apartamentos, encarecendo demais as diárias. A vantagem das lojas americanas para terem produtos com custo mais acessível é porque mandam fazer as roupas em países asiáticos, com custo menor, e a encomenda é sempre superior a 1 milhão ou 3 milhões, pois o mercado consumidor de lá é em todos os estados. No Brasil, as regiões sudeste e sul são as que mais compram em quantidade inferior em relação aos americanos. Enfim, o governo deveria fiscalizar as lojas brasileiras para evitar o preço alto e não penalizar o turista que pode comprar mais barato em outro País. Para finalizar, um exemplo: na segunda (30), numa loja de roupa no Shopping Iguatemi, em São Paulo, tinha um terno exposto na vitrine ao preço de R$ 1,6 mil reais. Pois é...
Última modificação em Segunda, 06 Janeiro 2014 09:19
Folha Do ABC

A FOLHA DO ABC traz o melhor conteúdo noticioso, sempre colocando o ABC em 1º lugar. É o jornal de maior credibilidade da região
Nossa publicação traz uma cobertura completa de tudo o que acontece na região do ABCDM.

Main Menu

Main Menu