Mais uma vez, Aécio Neves (PSDB), mi-neirinho esperto, conseguiu voltar ao Senado, depois de 21 dias de afastamento e recolhimento noturno determinados pela Primeira Turma do Supremo Tri-bunal Federal (STF) e, em discurso, disse não guardar “rancor ou ódio”. Em seu partido, apesar da vitória do tucano com a derrubada da decisão da Corte, cresce a pressão para que ele deixe a presidência nacional da sigla, da qual se licenciou desde maio após vir à tona caso J&F. O presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE) defendeu a renúncia do mineiro do comando do partido “eu acho que é caso de renúncia”. Mas, por outro lado, é bom citar algumas espertas do mineirinho. Anos atrás, dois políticos paulistas resolveram ser candidatos à presidência da República, em anos diferentes. Um deles era o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que enfrentou o presidente Lula da Silva (PT), tentando se reeleger. Na ocasião, Minas tinha um jovem político Aécio Neves (PSDB) pretendendo o governo do Estado e do mesmo partido. Na época da votação em Minas tinha um forte contingente eleitoral que ajudaria bastante o candidato a presidente com excelente votação em São Paulo e no Rio. Assim, era esperada a eleição de Serra contra Lula. No final da apuração em Minas, Aécio não trabalhou os votos e Serra perdeu sem o apoio dos mineiros. Quer dizer, o mineirinho, esperto como sempre, mandou sua equipe votar em Lula. Numa outra eleição, logo depois da falta de votos em Minas para eleger José Serra, o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disputou a eleição para presidência da República, recebendo apoio de Aécio. Não deu outra. Faltaram votos de Minas para elegê-lo. Assim, o mineirinho es-perto conseguiu dar “dois chapéus” eleitorais em dois candidatos paulistas à presidência. No entanto, o senador Aécio Neves (PSDB), em outra eleição presidencial, vencida por Dilma Rousseff (PT), pagou seus dois pecados na votação. Com todo seu prestígio em Minas, Aécio perdeu a eleição pois teve menos votos que Dilma Rousseff. Com toda essa esperteza, o mineirinho agora dá chapéus nos bam-bam-bans do Supremo
Tribunal Eleitoral, foi condenado duas vezes e saiu numa boa.