Os italianos que vivem no Brasil, ao que tudo indica, devem estar preocupados com a entrevista publicada pelo Estadão, na quarta (25), na manchete da primeira página, no editorial e nas páginas 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14. A manchete do assunto era que a Itália faz alerta para a Lava Jato (brasileira). Tudo isso porque "a corrupção na Itália, 25 anos depois de flagrada a Operação Mãos Limpas, voltou ao nível de antes das investigações”, segundo um dos integrantes da força tarefa do país. O desfecho da operação, que inspirou a Lava Jato, faz soar um alerta. No Brasil, protagonistas da investigação defendem "ir além" dos processos judiciais, avisam que a Lava Jato não vai "salvar" o País e cobram a aprovação de reformas políticas, estruturais e de educação para combater desvios. As conclusões foram apresentadas no Fórum Estadão Mãos Limpas e Lava Jato, promovido pelo jornal em parceria com o Centro de Debate de Políticas (CDPP). Por outro lado, o Editorial do Estadão, revela que "ainda que haja muitas diferenças, tanto na legislação como na cultura de cada país, a trajetória da Mani Pulite (Mãos Limpas) - a famosa operação italiana anticorrupção que, de 1992 a 2005, investigou cerca de 4 mil pessoas, com mais de uma centena de parlamentares, ministros, juízes e altos executivos de empresas - tem muito a ensinar para o bom encaminhamento da Lava Jato. Reconheceram por unanimidade os quatro palestrantes do Fórum Mãos Limpas & Lava Jato, promovido na terça (24) pelo Estadão em parceria com o Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP).
A corrupção na Itália, 25 anos depois de deflagrada a Operação Mãos Limpa, voltou para o mesmo patamar em que se encontrava antes das investigações, segundo um dois integrantes da força-tarefa do país. Para finalizar, "Mãos Limpas" faz alerta para Lava Jato consolidar avanços. Ex-procurados italianos dizem que combate à corrupção no país retrocedeu; Moro e Dallagnol defendem para Brasil "ir bem".