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As restrições aos caminhões no ABC

Publicado em Editorial
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Tempos, atrás, os sete prefeitos do ABC decidiram tomar decisão para desafo-gar o trânsito nas cidades locais, impondo restrições aos caminhões, que seriam proibidos de circular nos horários de pico. Assim, os caminhões, a partir de determinada data, não poderiam circular por 28 avenidas nas cidades do ABC, num total de quase 40 quilôme-tros, das 6h30 às 9h e das 16h às 20h. Nos demais horários, os Veículos de Cargas Urbanos (VUCs) teriam trânsito livre. O Consórcio Intermunicipal do ABC, com décadas de existência, finalmente, havia conseguido a união dos prefeitos para implantar medida que poderia melhorar o trânsito nas principais cidades da região. Na ocasião, a medida era semelhante à implantada em São Paulo meses atrás. A justificativa oficial para implantação da medida de proibição era uma tentativa de reduzir os congestionamentos nos três grandes eixos da interligação do ABC. O Estadão, na época, tinha publicado editorial, sobre o mesmo assunto, abordando os efeitos da medida sobre a capital. Num trecho, o jornal disse que “no ABC, onde as vias internas das cidades se transformaram em rotas de fuga para os motoristas dispostos a driblar o pedágio do Trecho Sul do Rodoanel, os caminhões estariam proibidos de circular num total de quase quarenta quilômetros”. Mais adiante, a publicação revelou que “nos últimos dez anos, a frota da região do ABC cresceu 75% enquanto o aumento da população beirou os 8% conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chegando a 1.413.085 veículos (isso, anos atrás). Desses 71, 951 são caminhões e carretas. Em outro período, a cidade de São Paulo havia ultrapassado marca dos sete milhões de veículos. O importante foi à rapidez que, nos últimos três anos, a cidade havia incorporado um milhão de veículos à sua frota”.
Diariamente, um total impressionante de carretas continua abastecendo as indústrias e o comércio local ou então continuam fazendo a ligação da região com o Porto de Santos. Assim, milhares de veículos pesados passavam todos os dias pelas principais avenidas do ABC. Agora, estariam proibidos de transitar nos períodos de pico. Assim, pelos dados estatísticos do IBGE sobre o ABC, os benefícios com a proibição aos caminhões não deveriam durar muito tempo.
“Segundo especialistas em transporte, a proibição da circulação de cami-nhões nos horários de pico tem seu efeito reduzido por causa da grande quantidade de veículos de passeio na região.
Para eles, na época, a conclusão do Rodoanel, a construção do Ferroanel e a ampliação da malha do metrô e dos corredores exclusivos poderiam efetivamente aliviar o trânsito na região”.
Na época, chegamos até cumprimentar os prefeitos pela decisão, bem como “em curto período, as companhias de tráfego do ABC iriam organizar o trânsito”. No entanto, os sindicatos locais, que fazem transportes de cargas, de funcionários e outros, não deixaram o Consórcio desafogar o trânsito do ABC. Será que não está na hora do Consórcio melhorar o trânsito na região?

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