Engana-se quem achou que os jornais e revistas iriam desaparecer com o surgimento da internet e, posteriormente, com as redes sociais. A mídia impressa ganha cada vez mais força em um cenário virtual inseguro tomado por “fake news”, ou seja, notícias falsas. A propagação de “fake news” e vazamento de dados são situações que tem se tornado comum no mundo da internet e é aí que entra a credibilidade da mídia impressa. No mês passado ocorreu o vazamento de dados de pelo menos 50 milhões de usuários do Facebook e, após este episódio,   o Facebook recorreu à mídia impressa para se desculpar publicamente. Foi publicado um anúncio de página inteira em jornais americanos e britânicos trazendo um texto assinado por Mark Zuckerberg, diretor executivo do Facebook. O anúncio foi publicado em nove grandes jornais impressos, após a empresa perder mais de US$ 74 bilhões em valor de mercado e ter se tornado alvo de investigações e processos nos Estados Unidos e em outros países. A repercussão do anúncio foi mundial e trazia o seguinte trecho: “Nós temos uma responsabilidade: proteger os dados de vocês. Se não conseguirmos, nós não a merecemos”. Aqui no Brasil, após a deflagração da Operação Carne Fraca, a JBS e a BRF procuraram os jornais para publicarem suas explicações sobre o compromisso que têm com a segurança alimentar e a qualidade de seus produtos. Em 2016, em meio à Operação Lava-Jato, a Odebrecht também buscou os jornais para marcar sua nova postura após assinatura de acordo de leniência no âmbito da operação e publicou anúncio com os dizeres: “Desculpe, a Odebrecht errou”. A atitude de grandes empresas procurarem a mídia impressa quando querem divulgar algo em grande proporção ou prestarem contas em balanços financeiros, reforça a credibilidade e a reputação dos jornais, que foram construídas ao longo de anos. Isso nos faz acreditar no nosso trabalho e estar a 61 anos na luta. Viva a mídia impressa!