"Nova York, apesar da crise de 2008, não teve variações tão bruscas de preço. Isso porque ao lado de Londres, Cingapura e Hong Kong, é considerada uma metrópole global, um porto seguro para investidores internacionais", afirma Ligia Mello, responsável pelo acompanhamento do comportamento do mercado imobiliário no exterior.
Adquirir um empreendimento imobiliário em Nova York não é tão simples. Cerca de 70% da ilha de Manhattan opera no formato de cooperativas, onde os proprietários são legal e financeiramente responsáveis uns pelos outros. Isso significa que qualquer aquisição passa por crivos muito específicos na mão dos futuros vizinhos, incluindo análises de crédito, liquidez e antecedentes. Os outros 30% são constantemente disputados por compradores interessados dos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Europa, além de chineses, russos, japoneses e outros cidadãos latino-americanos. Segundo últimos dados da Corcoran Group Real Estate, apenas nos últimos 12 meses o metro quadrado em Manhattan valorizou em média 11%. Comprar um ou dois dormitórios na planta chega a custar quase US$ 2 milhões. Enquanto isso, o estoque de imóveis continua se esvaindo, declinando no segundo trimestre deste ano 22% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e 63% abaixo do pico no início de 2009. Uma opção procurada por 10 a 15% dos brasileiros é a compra de unidades em hotéis devido ao alto turismo da Ilha, a manutenção da unidade se paga com a ocupação. Neste formato, os hotéis ficam em média com 30% da receita bruta e mesmo assim é interessante ao investidor.