19 Apr 2024


Imóveis econômicos impulsionaram o setor imobiliário em 2018

Publicado em Negócios
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De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) apresentados hoje pelo Secovi-SP, durante coletiva de imprensa, os lançamentos na cidade de São Paulo totalizaram 32,8 mil unidades residenciais em 2018, volume 4,0% superior às 31,4 mil unidades lançadas em 2017. O resultado manteve o ritmo de recuperação iniciado nos últimos meses de 2018 e superou a média histórica de 30 mil unidades por ano na capital paulista.

Nos lançamentos de 2018, 65% das unidades foram de 2 dormitórios, 62% possuíam área útil menor do que 45 m² e 51% tinham preço total de até R$ 240 mil. As características que predominaram foram, principalmente, de imóveis econômicos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida.

Comercialização – Em 2018, a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP (PMI) registrou 29,9 mil unidades residenciais novas comercializadas na cidade de São Paulo. O montante é 27,0% superior às 23,6 mil unidades vendidas em 2017 e acima da média histórica de 27,6 mil vendas anuais.
 
Durante o ano passado, foi mantido o comportamento de vendas de imóveis econômicos registrado no ano anterior. Do total comercializado, 63% foram unidades de 2 dormitórios, 60% tinham menos de 45 m² de área útil e 47% preço de até R$ 240 mil.

Oferta – A cidade de São Paulo terminou 2018 com 22,3 mil unidades residenciais novas em oferta. A oferta final é calculada considerando a soma de imóveis ofertados no mês anterior com as unidades lançadas e a subtração das vendas líquidas (vendas menos distratos).
 
Região Metropolitana de São Paulo – Em 2018, as cidades da Região Metropolitana de São Paulo (exceção da Capital) lançaram 7,6 mil unidades, representando uma queda de 42,4% em relação aos lançamentos de 2017, que ficaram em 13,1 mil unidades. Em termos de comercialização, foram escoadas 9 mil unidades, com variação positiva de 15,0% frente às 7,8 mil unidades vendidas em 2017.
 
Acumulado – No acumulado de janeiro a dezembro de 2018, as vendas totalizaram 29.929 unidades, um crescimento de 26,7% em comparação ao mesmo período de 2017 (23.629 unidades). Com isso, o resultado de vendas em 2018 foi superior aos volumes de comercialização de 2014, 2015, 2016 e 2017, anos da pior crise econômica atravessada pelo País. Dessa forma, 2018 representa a consolidação do crescimento do mercado, uma vez que o ano também superou o resultado da média histórica da pesquisa, de 27,6 mil unidades comercializadas por ano.
 
No ano, foram lançadas 32.762 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. Essa quantidade superou os lançamentos de 2015, 2016 e 2017. O crescimento moderado de 4,4% em relação a 2017 já era esperado, pois os lançamentos haviam apresentado bom desempenho em 2016.
 
Tradicionalmente, há um aumento no volume de lançamentos no fim do ano, período em que as incorporadoras concentram os esforços de comercialização a fim de cumprir suas metas. Os dois últimos meses de 2018 representaram 42% do total lançado durante todo o ano. Em volume de vendas, novembro e dezembro corresponderam a 30% do total de unidades comercializadas em 12 meses.
 
Os imóveis econômicos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida destacaram-se durante todo o ano. Em vendas, participaram com 37% do total anual comercializado, e nos lançamentos, esse tipo de produto correspondeu a 44% do total lançado, comprovando a importância do MCMV para a retomada do mercado.
Apesar do bom desempenho do mercado imobiliário em 2018, grande parte dos empreendimentos lançados e comercializados na cidade de São Paulo foi aprovada dentro das regras da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo anterior a 2014. Ainda são preocupantes as restrições da nova Lei de Zoneamento, que precisa passar por um rápido processo de calibragem em itens específicos, para que seja possível consolidar o mercado na cidade de São Paulo. Os empreendedores aguardam os ajustes necessários para voltar a lançar novos produtos.
 
Expectativas para 2019 – Para 2019, a expectativa é de que a agenda macroeconômica do governo possa tramitar dentro do previsto, a fim de acelerar o crescimento econômico do País. Para tanto, é preciso que algumas pautas caminhem e sejam efetivadas, como a aprovação da reforma da Previdência, o equilíbrio das contas públicas, a desburocratização e a geração de novos postos de trabalho, dentre outras.
 
No que concerne ao setor imobiliário, merecem atenção temas como a limitação de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para novos financiamentos para produção e aquisição de imóveis, bem como a dificuldade em viabilizar novos projetos habitacionais em razão dos altos preços dos terrenos.
 
Mesmo com um cenário econômico positivo e perspectivas de desenvolvimento sustentado, as dúvidas em função da redução do orçamento do FGTS e a falta de calibragem na Lei de Zoneamento na cidade de São Paulo são fatores que dificultam uma previsão sobre a extensão do crescimento do mercado imobiliário em São Paulo. A expectativa inicial para 2019 é de estabilidade frente aos resultados de 2018, tanto em lançamentos como vendas. Porém, em valores, estima-se um crescimento do VGV (Valor Global de Vendas) em torno de 10%.

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