Programas de intercâmbio profissional têm crescido muito no Brasil, sendo capazes de unir a vivência de cultura e língua estrangeiras ao aprendizado em rotinas de trabalho. De acordo com dados da AIESEC Brasil, os países que mais admitem dentro do programa de estágio em empresas são Índia e Turquia.

A Diretora de Relações Públicas da ONG, Gabriela Toso, afirma que isso acontece pela diversidade cultural dos dois países, "São completamente diferentes de tudo o que conhecemos".

Outro elemento importante, é o fato de Índia e Turquia estarem em expansão econômica, possibilitando várias oportunidades. Esse modelo de intercâmbio da AIESEC, oferece bolsa-auxílio na Índia para vagas de Administração de Negócios, TI e Marketing, por exemplo, com salários próximos dos R$3.400 (varia de acordo com a oscilação da moeda local). Em vagas para o ensino de línguas, a faixa salarial é de aproximadamente R$1.500.

Na Turquia, os salários ficam em R$1.300 para vagas no Ensino de Línguas e para o mercado de Administração de Negócios e Marketing, o valor da bolsa é de cerca de R$1.600. Sem contar que o custo de vida nesses locais é consideravelmente menor, quando comparado aos EUA e Europa.

Case

Amanda Bittencourt, jovem que fez o intercâmbio de estágio para a Índia, ressalta que o aprendizado construído durante seu período de trabalho na cidade de Varanasi foi bastante intenso:

"Atuava como estagiária de marketing digital e as rotinas enriqueceram minhas percepções profissionais e de vida. O ambiente de trabalho é rico, porque há uma colaboração mútua entre a equipe", afirma.

Vantagens no currículo

Quando esses jovens voltam ao Brasil, o currículo é um primeiro ponto a ser levado em consideração, uma vez que, terão de ingressar no mercado de trabalho. Gabriela destaca que, em razão de poucas pessoas fazerem intercâmbio para esses locais, o diferencial é interessante: "Índia e Turquia apresentam desafios que tiram o jovem de sua zona de conforto, é nesse aspecto que o programa também desenvolve liderança". Para ela, as oportunidades de emprego aumentam, inclusive por questões de crescimento pessoal, atrelado às diferenças culturais de ambos os países.