Rosenbaum introduziu o projeto no Parque Santo Antônio, em São Paulo, em 2010, onde foram desenvolvidas diversas ações, como a "Semana da Mão na Massa", um grande mutirão comunitário, no qual 70 casas em torno do Campo do Astro receberam massa e pintura, pelas mãos dos moradores, e um espaço de lazer foi projetado e construído através da parceria dos estudantes, equipe do projeto e comunidade. No próximo mês de julho, haverá um novo mutirão. Um grupo de 40 pessoas, entre estudantes de arquitetura, designers, jornalistas e sociólogos entrevistarão os moradores da comunidade para pensarem em novas ações de geração de renda.
Várzea Queimada, povoado há 500 km de Teresina, no Piauí, também foi contemplado com o projeto. Por lá, o artesanato foi desenvolvido nas comunidades, com a criação de peças de palha de carnaúba, e com borracha, reciclando pneus e criando joias e peças de decoração.
"O A Gente Transforma tem a idéia de levar possibilidades e colocar uma lente de aumento no potencial já existente nesses lugares. Mobilizamos um grupo de estudantes, de designers, a ir lá com a comunidade e pensar junto e levar a possibilidade de desenvolvimento. Os projetos já existem e toda continuidade é orgânica. Queremos que os produtos que criamos em Várzea Queimada tenham a demanda e o escoamento para isso ser realmente um gerador de renda para eles, um gerador de renda local e territorial", afirmou Rosenbaum.
O resultado, não poderia ter sido melhor. Ganhou o universo glamouroso do São Paulo Fashion Week, de junho. O Pavilhão da Bienal, onde aconteceu os desfiles, foi totalmente decorado com objetos de economia criativa do projeto AGT e recebeu itens como cestos de palha, artefatos de borracha, etc. "Fui convidado pelo Paulo Borges para fazer o conteúdo e o tema do São Paulo Fashion Week virou "A Gente Transforma". Na verdade isso foi uma coisa muito bacana, porque essa edição falou de economia criativa, da possibilidade da criação de uma identidade cultural brasileira, através da moda e os elementos estão todos interligados, da moda ao designer e eu fui chamado para levar exatamente isso, através do design, esse potencial de economia criativa, de desenvolvimento, de identidade cultural mesmo, brasilidade, e de uma possibilidade diferente de gerar renda através do design", contou Marcelo.
Mas qual será o segredo para transitar com tanta naturalidade do universo glamouroso da elite paulistana para comunidades carentes? O designer revela com modéstia: "Na verdade eu trabalho com o ser humano, então tanto faz se é glamouroso ou se é comunidade carente, todos são as mesmas pessoas para mim. Então, talvez, por isso, tenha esse acesso fácil por enxergar isso, do jeito que eu trabalho. Para mim não existe diferença".
Marcelo ainda contou de um novo projeto, desenvolver móveis populares para o Magazine Luiza. "O Magazine Luiza me contratou para desenvolver uma coleção de móveis para a grande massa do povo brasileiro, que é o público da rede de lojas. E o diferencial do móvel é que vai caber na casa popular brasileira. Móveis alegres, coloridos e adequados", revelou.
O designer também foi convidado para ser o McAmigo da campanha McDia Feliz, que será realizado no dia 25 de agosto. 
A principal função do McAmigo é incentivar a participação da comunidade na maior campanha em prol de crianças e adolescentes com câncer. No ABC, 22 restaurantes da rede McDonald's participarão da iniciativa.