Durante o período, foram visitadas 34 barracas de peixes em 32 feiras-livres, 22 supermercados e 10 peixarias. Nas feiras-livres, em um total de 52 espécies diferentes, a sardinha esteve presente em 100% das barracas, o cação em 97% e o salmão, importado das águas frias chilenas, esteve presente na maioria das feiras (87,5% das barracas). Já nos mercados e peixarias, das 68 espécies, o salmão esteve presente em 97% dos estabelecimentos.
A Instrução normativa número 5 de 21 de maio de 2004 do Ministério do Meio Ambiente lista as espécies brasileiras de peixes ameaçadas de extinção. Infelizmente, a sardinha (Sardinella brasiliensis) encontra-se nesta lista e que devido sua alta procura pelo mercado consumidor a pesca é intensa, levando os estoques à iminência de colapso. Menos ainda sabem que o cação na realidade é um tubarão, e nenhum peixeiro entrevistado soube especificar qual tubarão estava em sua banca sendo vendido genericamente como cação.
Como se não bastasse, o salmão chileno, tão apreciado na culinária japonesa, vem de fazendas de cultivo do Chile e é exportado diretamente aos mercados brasileiros. Com ele recebemos um produto com carregado de emissões de gás carbônico pelo transporte, e pouco ômega 3, pois somente o salmão selvagem, livre, e não de cultivo em fazendas, possui essa gordura tão procurada.
Dentre os 25 maiores países pescadores, o Brasil se posicionou em 23º lugar, com 803.267 toneladas de pescado. Um aumento de 2,3% em relação ao ano de 2010 (785.369 toneladas).