18 Apr 2024


Marinho: “o legado do PSDB no Estado foi a falta de planejamento”

Publicado em Política
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Luiz Marinho, presidente do PT de São Paulo, e ex-prefeito de São Bernardo, por oito anos, é candidato a governador de São Paulo. Na última semana, esteve em visita à Folha do ABC, e fez uma análise do atual governo e do cenário nacional político do PT.

O candidato fez críticas a administração tucana no Governo do Estado. “Esse governo administra o Estado há 24 anos. E se esses anos se fossem planejados poderíamos ter resolvido qualquer gargalo que existe, da Educação, da Saúde, da Segurança Pública, etc. Então, qual o gargalo que o PSDB resolveu nestes últimos 24 anos? Seguramente não haverá resposta. O que se fez em escala foi a construção de presídios, es-palhados pelo Estado, levando o crime organizado, a criminalidade e violência no Estado inteiro”, disse.

Marinho apontou a ineficiência, incompetência e a falta de planejamento como os culpados para a situação caótica do Estado de São Paulo, segundo sua aná-lise. “Temos um conjunto de problemas que é resultado do atual modelo de governo que o PSDB impôs ao Estado, que tem perdido participação no PIB brasileiro, investimento para outros Estados e isso resulta em desemprego, desesperança, ausência de oportunidades e alternativas, inclusive para as empresas”, disse.

O petista afirma que terá como missão a mudança. “Temos que reverter esta situação. O desafio que tenho nessa eleição é o que tive em 2008, que foi tornar-se conhecido pela população de cidade. Qual o maior gargalo da minha campanha? Ser conhecido no Estado. E, a partir daí, irei construir os índices de intenção de voto até chegar a 7 de outubro”, diz.

Marinho ainda comenta que em São Bernardo, devido ao trabalho realizado em oito anos de governo, possui, nas pequisas pré-eleitorais, 32% das intenções de voto para governador. “Em São Bernardo tenho um legado construído, o reconhecimento da população”, afirma.

Também garantiu que está determinado e muito confiante para vencer as eleições. “As barreiras, que não são intransponíveis, e como dizia minha mãe, quando alguém falava para ela que tal situação era difícil, ela dizia se é difícil não é impossível. E, muitas vezes, tem coisas que parecem impossíveis, mas, como você não sabe que é impossível você vai fazendo o possível e faz o que parecia impossível”, exalta.

O candidato ainda conta que a militância está ‘muito animada’ no Estado e ainda terá a maior chapa de proporcionais desde 2002. “Naquele ano tivemos 185 candidatos, e, nestas eleições, estaremos com 185 também. Faremos uma campanha pra va-ler, para ganhar e, não perder mais uma oportunidade, que já tivemos no passado e não emplacamos”, garante.

 

Cenário nacional do PT

O petista avalia com ‘muito otimismo’ a situação do partido. “Em 2014, foi uma eleição muito difícil para o PT, especialmente, no Estado, mas, no Brasil como um todo. A reeleição da Dilma não foi fácil. Tivemos uma queda nas bancadas, federal e estadual, e não elegemos o nosso candidato ao Senado, Eduardo Suplicy. Em 2016, foi o que chamo de fundo do poço, chegamos na preferência partidária a 6%. Hoje, estamos na ordem de 20% no Estado e com 32% de preferência partidária em São Bernardo, estamos num pro-cesso crescente”, diz.

Segundo Marinho, houve evolu-ção da conjuntura do Brasil, que sofreu com a ‘pregação ao ódio contra a Dilma, contra o PT, com a cassação da Dilma, a ponte do futuro que foi ponte para o inferno, no desemprego, na desesperança, do aumento da criminalidade, etc’.

 

Lula

Marinho afirmou que ‘se não fossem as manobras exercidas pelos ministros do STF, Cármen Lúcia e Edson Fachin, o Lula já teria saído’. Para o candidato, trata-se de um complô, manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso. “Lula foi condenado sem absolutamente nenhuma prova no processo e parece que é o esforço desta elite perversa, retrógada, entreguista, que dirige o País, de tirá-lo das eleições. O único objetivo é esse. Mas, nós vamos disputar com todas as nossas energias, jurídicas, políticas e sociais para sustentar a candidatura do presidente Lula, pela lei e pela jurisprudência”, enfatiza. O candidato garantiu que Lula pode estar preso, ser candidato, e ser eleito presidente da República. “É direito político de todo cidadão que cumpre pena provisória, e é a condição do presidente Lula”, revelou.

 

Adversário

Ainda fez críticas ao adversário e candidato ao governo de São Paulo, João Doria (PSDB). “O João Doria que se vendeu como o gestor não político, o administrador, o que iria resolver o problema, o João trabalhador, na verdade se revelou, o João mentiroso, sem palavra, enganador, que não cuidou da cidade. Parece o filho de um riquinho, que ganhou um presente, brincou um dia e disse não gosto mais, quero outro. Ele não cuidou de São Paulo, no segundo dia, do primeiro mês de governo, ele viajou o Brasil, para tentar ser candidato a presidência da República e mentiu para o povo, pois disse que iria sair após quatro anos”, enfatizou.

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