Thiago Auricchio (PR), 25 anos, filho do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, pela primeira vez irá disputar uma eleição. Thiago é candidato a deputado estadual. Em visita à Redação da Folha do ABC, contou um pouco sobre este novo desafio.

Apesar da pouca idade, o jovem possui experiência e a vontade de participar da vida pública surgiu com naturalidade. “Acompanho o meu pai na política desde 2004, e o trabalho que minha mãe realiza no Fundo Social de Solidariedade. Então, a vontade de me candidatar vem da transformação da cidade, da capacidade que a política tem de transformar a vida das pessoas. Isso sempre me incentivou”, revela.

Thiago conta que recebeu um convite para se candidatar. “A política sempre foi apaixonante para mim e agora, vi uma oportunidade, ao receber o convite do grupo político de São Caetano, ao lado do grupo que o Alex Manente (PPS) possui aqui na região, e no Estado. Foi uma oportunidade e somado a isso, o meu desejo de ser candidato”, conta.

O jovem conta que recebe bons conselhos do pai e prefeito de São Caetano, mas, que possui sua própria marca. “Conselho de pai sempre é importante, conversamos bastante, ele me ensina e passa bastante coisa, e aí, aos poucos, vamos pegando o jeito. O Alex também tem sido um grande professor, me ajudado bastante, porque entrar para a política não é fácil, mas, estou bem contente. A marca que gosto de passar é compromisso e trabalho. Quando temos essas duas características, conseguimos alcançar nosso objetivo, que é o de ajudar as pessoas, esse é o maior interesse”, revela.

Projetos

Thiago conta que as principais demandas da região estão relacionadas à Saúde. “É um problema nacional, ouvimos muitas queixas. Os dois hospitais estaduais da região, o Mario Covas, e o Serraria estão bem esgotados na capacidade deles, então, chegando na Assembleia, junto com os outros deputados do ABC, poderemos brigar para ter uma terceira alternativa neste sentido. A Saúde será o carro-chefe do nosso trabalho”, diz.

O candidato também irá focar na Mobilidade. “Ouvimos falar da chegada do metrô faz muito tempo, mas, com a situação financeira ruim do País e do Estado, existe muita dificuldade. Temos que mostrar uma alternativa, além do metrô, que seja capaz de atender a nossa região”, conta. Thiago sugere como alternativa viável o BRT. “Trata-se de modal semelhante ao do metrô. É como se fosse um corredor, por exemplo o ABD, só que ele não tem interferências em cruzamentos, tem estações modernas, custa muito menos que o metrô. É uma implantação muito mais rápida e ele funciona muito bem na região metropolitana de Curitiba, que atende praticamente um número semelhante à população do ABC”, afirma.

Apoiadores

Como São Caetano não possui colégio eleitoral suficiente para eleger, sozinha, um deputado estadual, Thiago articulou bons apoiadores nos sete municípios do ABC. “A votação histórica de deputados oriundos de São Caetano foi em 1998, o Marquinho Tortorello, com 20 mil votos, aproximadamente. O partido que estou, o PR, não fez coligação com ninguém, é uma chapa pura. Na última eleição de 2014, o último deputado se elegeu com 45 mil votos. Dizem que essa votação poderia se repetir, mas, não podemos ficar acreditando em números. Temos que trabalhar e se Deus quiser o resultado vem. Não tem resultado sem trabalho”, revela.

Não será igual

Thiago defende uma posição inovadora na política. “Precisamos, no ABC, de uma pacificação na política, esquecer a parte eleitoral, pensar na população, olhar pra frente, sempre. Não podemos ficar com essa picuinha política. Quando acaba a eleição temos que pensar na população e não nos adversários políticos. Isso seria diferente, tenho um lado mais pacífico”, afirma.

Campanha

Quanto ao processo eleitoral, Thiago mantém os pés no chão. “Não dá pra achar que todos os votos que meu pai teve vão vir para mim, mas, com muito trabalho iremos conseguir o maior número de votos possível. Nas ruas, tem bastante gente que é muito receptiva, ainda mais por ver jovem na política ao explicar que é a primeira candidatura, mas, infelizmente, tem muita gente, que não é também, e respeitamos isso pelo momento que a política vive. Essa descrença com a classe política, procuramos explicar a importância do voto porque é só através do voto que vamos conseguir mudar o que está lá”, disse.