O local escolhido para o prefeito e candidato à reeleição em São Caetano, José Auricchio Júnior, dar o start na sua campanha, no domingo (27), foi a Praça dos Imigrantes, na Av.Kennedy.

Acompanhado de seu vice, Seraphim (PL), do filho, o deputado estadual, Thiago Auricchio, do vereador e presidente da Câmara, Pio Mielo, entre outros apoiadores, Auricchio conversou com moradores da cidade, posou para selfies e ainda tomou café em padaria próxima à praça, que segundo a primeira-dama e presidente do Fundo Social, Denise Auricchio, também presente, é a “praia” do sul-caetanense.

Com muita tranquilidade, dada a experiência de outros dois mandatos frente à administração do município e concluindo o quarto ano de seu terceiro mandato, o prefeiturável iniciou quarta a sua quarta campanha eleitoral com naturalidade. “Vamos respeitar as regras do distanciamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, consequentemente, será muito estimulado as redes sociais, as plataformas digitais de campanha, mas onde houver um espaço, dentro das regras, onde pudermos falar e encontrar com as pessoas, vamos tentar fazer”, diz.

Auricchio não acredita que por estar no comando da Prefeitura, seu nome terá vantagem eleitoral. “O que fica em evidência é o trabalho das pessoas e não o nome, o nome é secundário. Quem trabalha tem mais evidência, independentemente de estar no cargo ou não”, revela.

Na avaliação do prefeito, essa será a eleição de maior impacto em todo o Brasil. “É a eleição municipal mais importante da história da República brasileira, desde que me conheço como gente e de tudo o que acompanhamos. Nenhuma teve essa importância que essa terá. O impacto desta eleição na vida das pessoas será o maior de todos, de qualquer outra época que se possa rememorar, com outros tipos de crises. Tenho a impressão que o eleitor está sintonizado com o grau de importância disso”, afirma.

Como mote da sua campanha, Auricchio revela que sua filosofia e pensamento se pautam na construção de uma cidade para as pessoas. “Temos que ter esse conceito difundido transversalmente em toda a nossa administração. Já temos feito isso. Este último mandato foi muito focado nesta questão. Não vou chamar de êxito, no sentido de vitória, mas tivemos uma boa condução na questão da pandemia, porque tivemos uma estrutura voltada para as pessoas”, diz.

Em relação à pandemia, Auricchio acredita que a sociedade compreendeu que é preciso ter um prefeito competente, experiente e que saiba conduzir. “Sobretudo, no momento de dificuldade e acho que é isso que a sociedade enxergou na gente. A condução no momento de crise. O que você espera para você e sua família? Acolhimento e proteção. A pandemia foi um teste de fogo. E ela mostrou que a cidade está capacitada, tanto para acolher, quanto para proteger os seus moradores”, explicou.

Quanto às inúmeras adversidades geradas pela crise sanitária e econômica do novo coronavírus, o prefeito pondera: “Os desafios que a pandemia está nos impondo são gigantescos. Não só do controle sanitário da crise, mas das outras que sobrevêm. Estamos enfrentando um desafio que na questão da Educação; o desemprego e a recessão econômica, que depois do fim do auxílio emergencial, será uma das mais graves que vamos vivenciar. Será um desafio ofertar para as pessoas, uma oportunidade, seja ela por meio do micro empreendedorismo, do emprego temporário, enfim, que as pessoas tenham algum grau de oportunidade e consigam levar o mínimo de recurso para casa”.

A questão da Educação é outra grande preocupação do candidato à reeleição. “O controle sanitário da pandemia depende do processo de imunização e, a questão da educação, é um desafio muito grande. As pessoas não estão percebendo a angustia dos pais. O impacto pedagógico, social, emocional nos alunos é muito grande e as equipes de ensino têm enorme trabalho em dar a melhor continuidade letiva entre um ano e outro. Ninguém saber como será o processo de imunização do ponto de vista de acesso da rede educacional. Então, os desafios são enormes”, avalia.

Questão jurídica

O tema de maior ataque, por parte dos adversários eleitorais de Auricchio, não tem tirado sua serenidade em falar sobre o assunto. “Encerrou-se o prazo para registro de candidatura. Qualquer fator superveniente a isso só implica para outros pleitos, para esse pleito o cenário jurídico está desenhado segundo a legislação do Congresso Nacional, onde o fator de elegibilidade está inscrito no dia que termina os prazos dos registros. Do ponto de vista jurídico, o fator registro é fundamental. Espero que haja de fato debate de ideias, a fragilidade das demais candidaturas que implicam em ficar discutindo apenas aspectos jurídicos, acho que o eleitor já saturou e não quer mais isso”, revela.

Polarização

Apesar de esta eleição ter o potencial de ser uma das mais polarizadas da história do País, o prefeito não acredita que haverá impacto direito em São Caetano. “Há uma tendência ideológica, mas o cidadão quer saber o que terá na escola do filho dele, no posto de Saúde que ele usa, o buraco na porta da casa dele, a árvore que precisa ser podada.  É lógico que não fica ausente a uma discussão nacionalizada, mas não é a prioridade da campanha e nem deverá ser a prioridade dos candidatos. Os candidatos precisam mostrar o que vão fazer para melhorar a vida das pessoas. Quem mora numa metrópole como a nossa temos desafios todos os dias. Você tem desafio para se deslocar, para trabalhar, para chegar na sua escola, para por sua mãe no posto de saúde, se ficar doente ter uma UTI de qualidade para atender. Esses são os desafios que o gestor municipal precisa saber, ter experiência e demonstrar essa experiência para o eleitor”, diz.

Abstenção

Auricchio não acredita que a abstenção, que poderá ser elevada, nestas eleições, irá impactar negativamente a votação. “Óbvio que há um receio e temos 40 e poucos dias até a eleição ainda. E para uma pandemia isso é bastante tempo do ponto de vista, mas vamos crer que a curva continuará sendo descendente”, diz.