Bolsonaro desembarcou, na tarde de terça (7), em São Paulo, onde se dirigiu a Av.Paulista para participar da manifestação. Na ocasião, Bolsonaro discursou a apoiadores, por cerca de 20 minutos em cima de um caminhão de som. Os manifestantes lotaram as duas faixas da via. A região foi bloqueada nos dois sentidos. Em seu discurso, o presidente criticou nominalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e dirigiu críticas também à Corte e ao sistema eleitoral. Ao final de sua fala, disse "àqueles que querem me tornar inelegível em Brasília, só Deus me tira de lá" e que nunca será preso. Também foram registrados intensos protestos no Rio de Janeiro, Brasília e outras capitais.

A manifestação reuniu cerca de 125 mil pessoas, segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Também estiveram presentes os deputados federais, Marco Feliciano, General Girão Monteiro, Marcio Labre, Carla Zambelli; o empresário Luciano Hang; o secretário Especial de Cultura, Mário Frias; o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, entre outros.

Também houve manifestação contra o governo Bolsonaro no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. O ato contou com a participação de partidos da esquerda, como o PT e o PSOL, além de lideranças sindicais e sociais. O “Grito dos Excluídos” ocorre anualmente, no dia 7 de setembro, desde 1995, e cobra medidas para reduzir as desigualdades sociais. O protesto foi marcado por discursos dos ex-prefeitos, de São Paulo, Fernando Haddad (PT), de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) e do ex-prefeiturável, Guilherme Boulos (PSOL). No Vale do Anhangabaú, foram registradas 15 mil pessoas no ato contra o governo.