19 Apr 2024


José Auricchio Junior:“Retomamos o amor à cidade”

Publicado em Política
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Folha do ABC - Em um ano de governo foram realizados diversos projetos. O sr. poderia citar o “carro-chefe” de cada área?

José Auricchio Júnior - Na verdade, todas as secretarias tiveram muito trabalho para reorganizar tudo. E ainda assim, muito foi realizado, com empenho, dedicação e parcerias. Por isso, gostaria de antemão deixar um agradecimento a todos. O contingenciamento deste ano afetou muitas pastas neste primeiro ano, como Esporte e Cultura. Mas sem deixar de atender a população. Outras áreas são prioridade da Administração e não sofreram tantos cortes, afinal precisavam reorganizar todo o seu atendimento, como é o caso da Saúde. Muitos espaços precisaram de reformas, tivemos de fechar o Hospital de Emergências Albert Sabin, que estava em estado precário, para ser reformado. Temporariamente todas as emergências estão sendo atendidas no Hospital São Caetano, que também reformamos para esta finalidade. Lançamos programas para redução das filas de consultas e exames. Regularizamos a entrega de medicamentos na cidade, inclusive conseguindo economia na compra dos remédios. Enfim, foi aplicado um choque de gestão, para que São Caetano se recuperasse financeiramente e retomasse seu padrão de qualidade nos serviços públicos.

Folha - Apesar das realizações, muitas vezes não é possível cumprir 100% das metas de governo para o 1º ano. Quais projetos não obtiveram a desenvoltura esperada?

Auricchio - Alguns projetos estão em andamento e estarão disponíveis à população logos nos primeiros meses do ano. Um exemplo é o SOS Cidadão 156, um serviço que concentrará todos os atendimentos de emergência num único local, com saúde, defesa civil, polícia e bombeiro. Outras novidades são o aplicativo Portal Saúde 24 horas, com todas as informações da rede municipal com fácil acesso, e também o prontuário eletrônico, que promoverá um grande salto de qualidade no atendimento. Algumas obras que estavam paralisadas e nós retomamos serão inauguradas, como o Caps AD, o Centro de Ginástica Rítmica e Artística e a escola de educação infantil na Rua Saldanha Marinho. E muitas intervenções em saneamento e mobilidade também estão a caminho.

Folha - Como está a saúde financeira da cidade? Do valor total da dívida municipal, quanto já foi recuperado?

Auricchio - Hoje, apresentamos um superávit nominal de R$ 33 milhões. O número final teremos só no fechamento do ano, mas já podemos dar a boa notícia de que a cidade está no azul e que, com esforço de toda a Prefeitura, todos os secretários e servidores, conseguimos reverter o cenário caótico do início do ano para um cenário de boas perspectivas para 2018. Tínhamos cerca de R$ 190 milhões em restos a pagar e reclamações de fornecedores. Sendo que, em caixa, havia apenas R$ 26 milhões. Ou seja, as contas apresentavam um déficit de R$ 164 milhões, num cenário difícil da economia do país, o que reduzia ainda mais nossas expectativas em relação à arrecadação. Por isso as medidas foram fortes. Renegociamos todos os contratos, reduzindo valores em média de 25%. Devolvemos carros e celulares alugados. Houve exoneração de cerca de 2.000 funcionários, cargos comissionados foram congelados em 30%. E no geral, o orçamento municipal foi contingenciado em 26%. Conseguimos reduzir a despesa com pessoal em 21,5%. Em 2016, a folha de pagamento consumia 60,5% do orçamento, o que está acima do limite permitido pela lei. Agora, estamos com 48,1% do orçamento destinado à folha de pagamento. Reduzimos também o custeio da máquina, que em 2016 estava em R$ 518 milhões e, agora, está em R$ 366 milhões. Ou seja, redução de 29,4%. Foi um remédio amargo, mas para o próximo ano conseguiremos inclusive recuperar nossa capacidade de investimento com recursos próprios da Prefeitura na ordem de mais de R$ 48 milhões.

Folha - Qual a marca do seu governo neste 1 ano de administração?

Auricchio - Talvez tenha sido a marca da reorganização, da retomada do amor à cidade e da autoestima do munícipe. Vamos continuar com esse objetivo, porque esse trabalho ainda não terminou.

Folha - Qual o presente de final de ano gostaria de dar para a população?

Auricchio - Desejar um feliz Natal em família, ao lado das pessoas queridas, com a renovação dos bons sentimentos para um próximo ano novo cheio de alegrias e muito sucesso.

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