24 Apr 2024


Pesquisa revela que 1 em cada 4 brasileiros com hipotireoidismo não trata a doença ou trata inadequadamente

Publicado em Saúde
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Estima-se que o Brasil possua aproximadamente 4,7 milhões de pessoas com hipotireoidismo que ainda não foram diagnosticadas, em sua maioria pertencentes às classes C, D e E¹. Para conscientizar a população sobre o hipotireoidismo e, principalmente, quanto às consequências da falta de tratamento, a farmacêutica Sanofi encomendou a pesquisa Hipotireoidismo em Foco, realizada pelo Instituto Minds4Health com mais de 2000 pacientes. De acordo com os dados levantados, o maior desejo das pessoas diagnosticadas com hipotireoidismo é compreender a doença. Entre os indivíduos diagnosticados que já ouviram falar na doença, 35% não sabe exatamente do que se trata e 1/3 dessa população afirma nunca ter feito um exame de sangue que detecta os níveis do hormônio estimulante da tireoide, o TSH¹.

O hipotireoidismo afeta cerca de 10% das mulheres brasileiras. A doença é causada pela queda de hormônios T3 e T4, produzidos por uma glândula localizada no pescoço: a tireoide. Esses hormônios são responsáveis pelo funcionamento de diversos órgãos e sua deficiência interfere diretamente no crescimento, ciclo menstrual, fertilidade, sono, raciocínio, memória, batimentos cardíacos, força muscular e controle do peso corporal. São alterações nesses processos que ocasionam os sintomas do hipotireoidismo, que podem variar desde queda de cabelo e unhas quebradiças até diminuição do desejo sexual. Segundo 65% dos respondentes, o diagnóstico foi feito após procurarem o médico para um check-up geral. Apenas 30% marcaram consultas por conta de algum sintoma e, dentre eles, 66% apontam que o cansaço foi o principal sintoma apresentado, seguido de ganho de peso e dores musculares. As alterações de humor, presente em 15% dos casos, também são mencionadas como sintomas¹.

Para o Dr. José Sgarbi, Presidente do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o hipotireoidismo, apesar de comum, não é uma doença bem conhecida pela população em geral. “A falta de informações sobre o hipotireoidismo e a ausência de diálogo com o médico faz com que os pacientes subestimem a doença e tenham dificuldades, principalmente, na aderência ao tratamento”, afirma. “A maioria das pessoas desconhece não apenas o hipotireoidismo, mas também as consequências de não realizar o tratamento adequadamente, isso faz com que não se preocupem em utilizar a medicação da forma correta ou, por vezes, nem iniciem a terapia.

Atualmente, 25% das pessoas diagnosticadas com hipotireoidismo não realizam o tratamento da forma adequada ou simplesmente não tratam a doença. Este percentual, segundo a pesquisa, é mais elevado em classes socioeconomicamente mais baixas, chegando a 45% de pessoas pertencentes a classe C e 50% as classes D/E¹. O subtratamento ou o hipertratamento podem ocasionar complicações graves ao paciente, como o aumento da pressão arterial, arritmias e outros transtornos cardiovasculares.

Consequências do Hipotireoidismo

A pesquisa Hipotireoidismo em Foco apontou que o bócio é a consequência do hipotireoidismo mais conhecida pelos pacientes. Diabetes e infertilidade são os menos conhecidos. De acordo com os dados, o conhecimento sobre as consequências é menor quando se consideram os pacientes que tratam inadequadamente ou não tratam a doença. Em relação à procura pelos profissionais da saúde, após notarem alguns dos sintomas, os pacientes procuram o clínico geral, cardiologista ou ginecologista. E, de acordo com 24% destes profissionais, a baixa aderência dos pacientes dificulta o tratamento, seguida por falta de experiência do próprio profissional ao lidar com a doença.

Barreiras no tratamento

O tratamento do hipotireoidismo é feito com a reposição de hormônio tireoidiano através do uso de 1 comprimido diário de Levotiroxina4. Todavia, a eficácia da terapia oral depende, principalmente de dois fatores: o jejum de uma hora após a ingestão do comprimido e o ajuste da melhor dose para cada paciente.

Para 21% dos médicos entrevistados, o jejum é a principal barreira para que o paciente trate a doença. Em seguida, aparece o fato do tratamento geralmente ser vitalício (mencionado por 15% dos profissionais da saúde). Na opinião dos pacientes, o jejum também aparece como principal barreira, além da dificuldade de lembrar de tomar a medicação diariamente. Entre os pacientes que não são tratados da forma adequada, 59% afirmam que seus médicos não sabem que eles não seguem o tratamento da forma correta. Em relação ao ajuste de dose da levotiroxina, em média, os médicos dizem que realizam 2 ajustes e não vêm dificuldades para realizar o processo. Por outro lado, a informação sobre o ajuste de dose foi passada apenas para 61% dos pacientes.

Hipotireoidismo em foco

A pesquisa foi idealizada pela Sanofi e desenvolvida pelo Instituto Minds4Health com o intuito de entender as barreiras dos pacientes que já foram diagnosticados com hipotireoidismo, mas não tratam, e dos pacientes com hipotireoidismo que já tratam, mas não corretamente. O estudo contou com, aproximadamente, 2000 pacientes e foi dividido em duas fases: quanti e qualitativa. Além de entrevistas em profundidade, foram feitas coletas por telefone e uma amostra adicional por meio de um painel web, onde 70% do público foi de mulheres.

Sobre a Sanofi

A Sanofi se dedica a apoiar as pessoas ao longo de seus desafios de saúde. Somos uma companhia biofarmacêutica global com foco em saúde humana. Prevenimos doenças por meio de nossas vacinas e proporcionamos tratamentos inovadores para combater dor e aliviar sofrimento. Nós estamos ao lado dos poucos que convivem com doenças raras e dos milhões que lidam com doenças crônicas.

Com mais de 100 mil pessoas em 100 países, a Sanofi está transformando inovação científica em soluções de cuidados com a saúde em todo o mundo.

Sanofi, Empowering Life, uma aliada na jornada de saúde das pessoas.

 

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