24 Apr 2024


Santo André não tem hospital do câncer para crianças

Publicado em Saúde
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19/04/13
Santo André não tem hospital do câncer para crianças

Crianças e adolescentes com câncer que moram em Santo André e no ABC se deparam com uma triste e cruel realidade após o diagnóstico. “Não existe hospital credenciado para realizar o tratamento médico contra a doença.

As famílias das crianças que procuram o Hospital Mário Covas em busca de alguma solução são, obrigatoriamente, encaminhadas ao Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, para receberem o tratamento médico”, revela o presidente da Associação Projeto Crescer, Jaime Guedes.
“A situação é grave, mais de 150 crianças são diagnosticadas com câncer por mês no ABC”, conta Guedes. E mesmo assim, não existe investimento do poder público de Santo André e da região para melhorar essa condição, e mesmo no Consórcio Intermunicipal do ABC, o tema não recebe atenção.
Frente a essa situação, a Associação Projeto Crescer do ABC presta atendimento às famílias de 11 jovens portadores de câncer, que estão em tratamento, e que recebem o apoio das instalações da Casa Ronald Mc Donald. O Projeto Crescer foi fundado em 26 de maio de 1994, e atualmente, possui capacidade de atender até 22 famílias.
O Projeto Crescer então dispo-nibiliza meio de transporte para as famílias se deslocarem da Casa Ronald, onde ficam hospedadas durante o tratamento, até o hospital Santa Marcelina, em São Paulo, para receberem quimioterapia ou radioterapia.
Na Casa, contam com uma infraestrutura completa. Sala com computadores, jogos, monitoria especializada, brin-quedoteca, acompanhamento educacional com professores da Fundação Santo André, e psicos-social, e ainda equipe de voluntárias da AVCC (Associação de Voluntárias de Combate ao Câncer) que ainda realizam eventos beneficentes para arrecadar fundos para os jovens.
"Em 15 meses, podemos chegar a capacidade total da Casa, porém precisamos contar com mais recursos, pois teremos custo adicional", afirma o presidente. Como o projeto recebe crianças de outros Estados, 2 da Bahia, 1 de Florianópolis, 1 do Amapá, 1 do Mato Grosso do Sul, os serviços oferecidos como alimentação são 24 horas. E para melhor atendê-los, o presidente conta que foi necessária a instalação de mais câmeras de segurança e até a contratação de um vigilante noturno.
Atualmente, a Casa possui uma despesa de R$ 40 mil para apoiar as famílias, porém esse valor chega a R$ 100 mil somando outros custos para manter as instalações e equipe de funcionários. "Nosso orçamento anual é de R$ 1 milhão, metade desse valor é arrecadado com o Mc Dia Feliz, a outra, de doações", conta Guedes.
Falta investimento- por conta do descaso do poder público, o Projeto Diagnóstico Precoce, no qual equipe de médicos e assistentes sociais eram treinados para diagnosticar os sintomas do câncer dos jovens, que teriam até 90% de chances de cura, foi interrompido. "A demanda é muito grande e não temos hospitais locais pra encaminhá-los", afirma Guedes.

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