19 Apr 2024


Dor na lombar pode atingir até 65% das pessoas anualmente

Publicado em Saúde
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A dor lombar é uma condição que pode atingir até 65% das pessoas anualmente e até 84% das pessoas em algum momento da vida, apresentando uma prevalência de aproximadamente 11,9% na população mundial, sendo responsável por grandes índices de incapacidade e faltas ao trabalho, gerando alto custo para a sociedade e para os sistemas de saúde.

No Brasil, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2015, as dores da coluna (cervical, torácica, lombar e pélvica) são a segunda condição de saúde mais prevalente do Brasil (13,5%), entre as patologias crônicas identificadas por médicos e profissionais de saúde, superadas apenas pelos casos de hipertensão.

Vinicius Benites, cirurgião especialista em coluna vertebral e presidente da Sociedade Brasileira da Coluna – Regional São Paulo, explica que “as mudanças no perfil da população brasileira , como o aumento do número de idosos -, que hoje representam  cerca de 8% da população  total -, o  aumento  de  hábitos  sedentários  entre  os  adultos   e,  consequentemente,  mudanças   na  composição  corporal  como  aumento   dos  índices  de  sobrepeso  e  obesidade  que   atingem  igualmente mulheres e homens, são fatores importantes que devem ser observados como importantes fatores de riscos para a ocorrência da dor lombar.”

No entanto, apenas 60% das pessoas que apresentam dor lombar procuram por tratamento. Entre 90 e 95% dos casos apresentam caráter multifatorial. “A dor lombar é resultado de um conjunto de causas, como fatores sociodemográficos (idade, sexo, renda e escolaridade), estado de saúde, estilo de vida ou comportamento (tabagismo, alimentação e sedentarismo) e ocupação (trabalho físico pesado, movimentos repetitivos) ”, diz Vinicius.

Segundo alguns estudos, foi verificado que nos países desenvolvidos, onde a demanda física no trabalho é menos intensa, a prevalência da dor lombar é duas vezes maior, quando comparada à população dos países de baixa renda, onde a exigência física laboral é maior. “Sendo assim, o sedentarismo parece ter um maior impacto na ocorrência da dor lombar quando comparado ao trabalho físico intenso”, afirma Vinicius.

Em abril desse ano, uma importante revista cientifica associada à Nature publicou o estudo “O exercício de corrida fortalece o disco intervertebral” (Título original: Ranking exercesse strengthens the intervertebral disc), afirmando que as pessoas que caminham e/ou correm com frequência têm discos intervertebrais mais hidratados, maiores e mais saudáveis, do que aqueles que são sedentários.

 “O estudo mostra ser benéfico andar e correr na faixa de 5 a 9km/h. Menos do que isso ou mais não traz benefícios à coluna. Esses resultados da pesquisa mudam a forma de entender a influência dos esportes na proteção da coluna, já que até esse artigo ser publicado, era consenso que apenas as atividades de fortalecimento protegiam a região. Sendo assim, agregamos agora uma nova ferramenta: caminhadas e corridas”, diz Vinicius Benites.

O especialista explica que o estudo representa a primeira evidência em seres humanos de que o exercício pode ser benéfico para os discos intervertebrais e fornece suporte para a noção de que protocolos de exercicios específicos podem melhorar as propriedades do material dos discos “Os pesquisadores acreditam que suas descobertas são ponto de partida para definir melhor os protocolos de exercícios e os perfis de atividade física para o anabolismo dos discos intervertebrais em seres humanos, contribuindo com o fortalecimento da região e, consequentemente, protegendo o desgaste temporal da coluna”.

 

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