20 Apr 2024

Publicado em TITO COSTA
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No ano de 1926 o escritor Monteiro Lobato escreveu uma fábula, contendo verdadeira profecia: no ano de 2228 haveria nos Estados Unidos uma eleição presidencial que seria disputada entre um candidato negro e uma candidata branca. O resultado seria a eleição do negro com um desfecho próprio de criações literárias baseadas numa visão de futuro por meio de um curioso aparelho chamado porviroscópio: ou seja, a antevisão futurista muito distante, o porvir. O romance chamou-se de inicio O Choque, imaginando um choque entre as raças branca e negra, mas Lobato teve grande desapontamento quando soube que a tradução do livro para a língua inglesa não seria autorizada a publicar-se nos Estados Unidos. O titulo O Presidente Negro veio depois, tendo o autor previsto já no distante ano de 1926 coisas que acontecem nos nossos dias: um sistema rápido de comunicação com os eleitores (o nosso atual e-mail e a televisão, que não existiam no seu tempo); a máquina de votar; o chamamento imediato dos eleitores do país inteiro, o que se faria, naquele distante ano de 2228, em questão de apenas meia hora; e as eleições realizadas também nesse curtíssimo espaço de tempo.  Tudo isso previsto por um certo prof. Benson (criação do romancista) que antevia os acontecimentos por meio de “vibrações atômicas”, sendo certo que lá pelo ano de 1926, quando ele escreveu o livro, nem se falava de forças atômicas. O tal porviroscópio foi ajustado pelo prof.  Benson no ano 3000 revelando entre outros fatos a invasão mongólica; o feroz industrialismo asiático (hoje, a China); a evolução da América num sentido inteiramente inverso, com o extermínio da raça negra por meio dos raios Ômega, um processo que incluía o alisamento dos cabelos dos negros e ao mesmo tempo sua esterilização, uma “sentença suprema e inapelável” determinada por uma convenção branca.  Nesse ponto da história Lobato parece exagerar ainda mais nas suas previsões referindo-se até mesmo a uma purificação da raça branca para criar uma Super Civilização ariana. Essa foi, sem dúvida a histeria de Hitler, que viria muitos anos depois do livro de Lobato, com a ideia do arianismo (raça pura) na Alemanha e não nos Estados Unidos como na imaginação do inventor do Sítio do Pica-pau Amarelo. Para alguns analistas o livro de Lobato não passa de uma brincadeira. De meu lado, acho que foi uma brincadeira séria, numa antevisão de um mundo cheio de surpresas, como em nossos dias atuais. E, sobretudo, com a profecia  tornada realidade com a eleição do negro Barak Obama, o primeiro negro a presidir a mais poderosa nação do globo. Pode ter sido uma brincadeira do autor, mas revelando, no entanto, a visão de um verdadeiro gênio, um visionário como foi o homem que até foi processado e preso por que afirmava a existência de petróleo no subsolo brasileiro. Outra profecia pela qual pagou caro, inclusive com sua prisão nos tempos de Getúlio Vargas, está confirmada pela poderosa Petrobrás quase falida por artes de governos do PT.  
Lobato foi tido como meio maluco, acusado como “racista”, um espírito inquieto, o que é natural, pois os gênios estão sempre próximos das maluquices que apregoam e que, como no seu caso, acabam por ser confirmadas pela realidade, ainda que tantas décadas depois. O final é trágico, mas não vou contar. Para saber, basta ler o livro. Fica a sugestão.    

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