25 Apr 2024


Brasil: uma biografia não autorizada

Publicado em TITO COSTA
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O título acima é o nome do livro de Francisco de Oliveira, sociólogo, um dos mais importantes  entre os intelectuais  da esquerda no Brasil e também fora daqui.  (Editora Boitempo, SP – 2018).  É professor titular aposentado da Universidade de São Paulo, tendo atuado como pesquisador no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e no Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (Cenedic).  Entusiasta  pelo PT (Partido dos Trabalhadores)  e um dentre os seus mais importantes fundadores, está hoje desligado da sigla e inteiramente decepcionado tanto  com o Partido quanto por sua liderança máxima Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse livro ele registra seu desapontamento e sua decepção em relação a ambos.
Segundo ele, Luis Carlos Prestes, ex-secretário geral do Partido  Comunista foi a mais importante liderança da esquerda brasileira no século XX, até o advento de Lula de quem foi amigo dos mais próximos.
No capítulo dedicado ao lulismo diz:  “O lulismo é uma perversão do petismo. É esse carisma de Lula combinado com assistencialismo.  Esse círculo que cerca Lula que forma isso.  É diferente do petismo, mas está dominando todo o petismo. A única reação possível é que a militância faça a diferença para salvar o partido. Isso se tornou claro recentemente por causa das políticas sociais, dos altos superávits primários junto com as políticas sociais. O fato de, na crise, Lula procurar afastar a imagem dele da do PT” (obs. essa  análise do autor do livro em foco é anterior aos episódios recentes entre os quais a prisão de Lula em razão de sua condenação em processo criminal relativo ao apartamento que detinha no Guarujá-SP).  Voltando ao texto de Chico de Oliveira: “o afastamento (a que se refere) explicitou o que existia apenas como um circuito interno, da gente mais apegada que fazia a corte de Lula. O povo tem essa paixão, virou um mito para muitas categorias sociais, principalmente para os mais pobres. Não acho que ele (Lula) tenha se perdido. Ele nunca se achou. Ele fez uma carreira que passou do sindicalismo para a política sem nenhuma mediação. A única vez que ele teve chance de ver a política de outra forma foi quando se elegeu deputado mais votado para a Constituinte e renunciou no outro ano, dizendo que a Câmara dos deputados era um lugar de trezentos picaretas. Não se anotou nenhuma iniciativa marcante de Lula durante a Constituinte. Aconselhou o partido a não a assinar, o que foi um equivoco formidável. Tudo isso mostra que ele, de fato, tem horror à política. Não sabe o que é política e não sabe como fazê-la” (cf. pags. 154/155 do mencionado livro do prof. Chico de Oliveira), acima referido.

Pretendo voltar a esse livro em próximas abordagens, neste  espaço.

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