Esse é apenas o começo. A Aliança é estágio necessário, segundo seu criador, para o engate final. Se alguém duvida que Bolsonaro quer implantar um governo ditatorial, é bom acordar desde logo para a realidade. Ele só não o fará se as forças da democracia por nós impulsionada continuarem atentas aos seus movimentos. Algumas das vozes que lhe são mais próximas já deram os sinais de partida que não pegaram, por ora. O filho Eduardo já falou em AI-5, o ato ditatorial de 1968 que fechou todas as portas para um possível entendimento; depois veio o ministro da Fazenda, o todo poderoso, por enquanto, a invocar aquele ato ditatorial que fechou todas as portas de uma então  necessária abertura.    
A cada passo alguém do primeiro time do governo é escalado para dar o alerta, na esperança de que um dia ele pode pegar: um novo AI-5, devidamente reformado e adaptado às conveniências do poder. A exemplo do que  já existiu, de triste memória, certamente virá com mais força para, por exemplo, fechar jornais (a Folha de S. Paulo que se cuide), e qualquer publicação impressa que lhe não dê cobertura elogiosa. Apenas para lembrar: tivemos em 1932 a Ação Integralista Brasileira inspirada no fascismo italiano e no furor do nazismo de Adolf Hitler, uma das páginas mais revoltantes de um ideal absurdo: que era extinguir o judaísmo com a matança de milhões de judeus nas câmaras de gás.
Por aqui, a julgar-se por manifestações reiteradas de ódio ás liberdades o "bolsonarismo" vai abrindo caminhos com a falsa alegação de busca do aprimoramento do sistema governista.
Veja-se, por exemplo, a insistência de Bolsonaro em armar o povo para defender-se de que?  De fantasmas criados por sua imaginação delirante e que só a "Aliança", segundo ele, terá condições de enfrentar para assegurar-nos liberdade e uma vida tranquila em sociedade.  Só uma verdadeira "aliança" nos moldes do fascismo, a serviço do Brasil e de seu povo, nos levará ao nosso destino. Trazendo para um mundo diferente, nos moldes do bom humor brasileiro, melhor dizer-lhe "conta outra" - e continuemos com a nossa claudicante democracia recuperada do terror e das violências de 1964 que sacrificaram tantos irmãos nossos desaparecidos tragados pela força oficial.